Agenda Bahia 2016 | Fórum Agenda Bahia 2016 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia Economia + Forte Mon, 07 Aug 2017 18:03:55 +0000 pt-BR hourly 1 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/wp-content/uploads/2016/06/cropped-logo512-1-32x32.png Agenda Bahia 2016 | Fórum Agenda Bahia 2016 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia 32 32 Apesar de ser referência, Parque Tecnológico enfrenta vários desafios http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/apesar-de-ser-referencia-parque-tecnologico-enfrenta-varios-desafios/ Mon, 14 Nov 2016 17:08:50 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26714

NOTÍCIAS

A importância e a contribuição do Parque Tecnológico para a inovação no estado são opinião unânime entre os especialistas, mas a maioria concorda também que há muito ainda a ser feito para que a Bahia possa se igualar a outras iniciativas. Para o presidente da Junior Achievement, Rodrigo Paolilo, a localização pode não ter sido a melhor escolha. “Poderia ser um ambiente mais central para engajamento da comunidade e proximidade com outras instituições”, afirma o empresário.

Ele cita o exemplo de portos digitais em Santa Catarina, Barcelona e Rio de Janeiro, que têm estruturas mais próximas das principais universidades de tecnologia. “São modelos de parques conectados com instituições importantes e as cidades usaram esse mote da tecnologia para revitalizar uma área”, complementa.

O pró-reitor de pesquisa e inovação da UFBA, Olival Freire Junior, concorda que o local onde o parque foi construído está distante de instituições de ensino e do centro empresarial de Salvador, mas acredita que é preciso ter um esforço conjunto de aproximação e ocupação do espaço. “No início não concordei com a questão geográfica, mas confesso que desde a primeira vez que visitei o parque fiquei empolgado com a ideia”, revela.

Já o diretor do Polo de Inovação do IFBA, Anderson Leite, acredita que é preciso dar mais visibilidade ao que vem sendo feito na área de ciência e tecnologia pelo estado. Antônio Rocha, coordenador da incubadora Áity, também acha que o sucesso das startups baianas precisa ser mais valorizado. “Algumas ideias nascidas aqui podem ficar conhecidas mundialmente e ninguém nem vai saber que tudo começou no Parque Tecnológico da Bahia”, afirma.

Outro gargalo para o desenvolvimento, segundo Rocha, é a existência de mentes brilhantes, mas que não são incentivadas. “No Brasil não existe uma cultura empreendedora”. Para ele, quem empreende serve de exemplo para que outras mentes brilhantes se arrisquem a empreender. “A tecnologia pode mudar o cenário econômico, mas para isso tem que ser estimulada”, diz.


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Empresas baianas de tecnologia incubadas no Parque Tecnológico, em Salvador, conquistam clientes de todo o Brasil http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/empresas-baianas-de-tecnologia-incubadas-no-parque-tecnologico-em-salvador-conquistam-clientes-de-todo-o-brasil/ Mon, 14 Nov 2016 16:59:37 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26706

NOTÍCIAS

Uma delas foi sucesso nas arenas da Olimpíada Rio 2016

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

Fundado há quatro anos, o Parque Tecnológico da Bahia começa a mostrar para o Brasil e para o mundo que aqui são geradas boas ideias e que, passado o período de incubação, elas podem conquistar seu espaço em um cenário onde a inovação é o principal ingrediente propulsor. O desafio é crescer em um ambiente pouco favorável. Isso porque, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras do Instituto Endeavor, em 2015, Salvador aparecia na 24ª posição entre as 32 analisadas.

Para Juliano Seabra, presidente do Endeavor, é perceptível entre as cidades mais bem colocadas no ranking uma maior maturidade quanto ao ambiente ideal para ter negócios e fazer as empresas crescerem. Ele destaca alguns pontos sobre os quais é preciso avançar, entre eles ambiente regulatório e capital humano. “É preciso fazer mais sobre o ambiente regulatório e simplificar os processos para quem quer empreender”, afirma.

O especialista ressalta que este é um problema de todo o Brasil, mas algumas cidades já conseguiram avançar bastante. “Recife, por exemplo, é a primeira do Nordeste nesse ponto e a prefeitura tem usado, desde 2014, esse estudo [do Endeavor] para se guiar quanto ao empreendedorismo”, completa. Outros dois quesitos sobre os quais Salvador aparece bem atrás na pesquisa são capital humano (28ª posição entre as 32 cidades) e inovação (24ª).

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CASOS DE SUCESSO
Ainda assim, o Parque Tecnológico da Bahia coleciona vários casos de sucesso, entre eles o da Tw2 Sistemas. A empresa entrou na Áity – incubadora do parque – com a ideia de revolucionar o mercado de maquininhas de cartão de crédito e vendas. Em 2 anos, ganhou o Brasil e foi destaque na Olimpíada Rio 2016.

“Apresentamos o sistema ao Comitê Olímpico Internacional e colocamos mil máquinas de cartão nas 17 arenas olímpicas. Fizemos o gerenciamento de 80% de tudo o que foi vendido de alimentos e bebidas”, revela o diretor da Tw2, Emerson Barretto.

O diferencial da maquininha POS Controle em relação à tradicional é administrar tanto a parte financeira quanto o controle de estoque e lançar os dados em nuvem, assim o administrador do negócio pode ter acesso a gráficos e tabelas online. Entre os clientes atuais estão estádios como Maracanã, Arena das Dunas (em Natal) e, em breve, o sistema será implantado na Fonte Nova.

O coordenador do Parque Tecnológico, Péricles Magalhães, cita outras startups bem sucedidas que passaram pela incubadora, como o skate elétrico Movpac que atualmente está em fase de produção para o mercado por uma empresa chinesa; e o site JusBrasil, que emprega tecnologia de ponta para monitorar informações jurídicas. “A cidade de Salvador e a Bahia estão investindo no futuro, em novos produtos e novas tecnologias para o futuro”.

Para Péricles, este ainda é o início da história que o parque está construindo. “Estamos engatinhando. A maioria dos parques no Brasil consegue amadurecer com cerca de 10 anos, então ainda estamos no início”, revela o coordenador, citando o caso do Porto Digital de Recife que completou 15 anos e só há 3 se tornou sustentável sem repasses do governo.

Para o pró-reitor de pesquisa e inovação da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Olival Freire Junior, o Parque Tecnológico é uma iniciativa importante por aproximar o mundo acadêmico das empresas. “O princípio básico é botar todo mundo em uma mesma área para criar um ambiente de integração”.

DO PARQUE PARA O BRASIL
A Tw2 é o braço inovador de uma empresa que já tinha expertise na área de alimentação na Bahia. Antes de lançar o POS Controle – como é chamada a maquininha de cartão diferenciada – a organização já oferecia sistemas de automação para padarias e restaurantes. “A gente queria fazer um sistema de vendas dentro de uma máquina de cartão de crédito que seria a solução para quem não tem espaço para ter um computador, teclado e impressora. Então, dentro dessa maquininha já tem tudo”. Foi esta ideia que motivou a entrada da Tw2 no Parque Tecnológico.

Atualmente, a empresa é líder no mercado de automação comercial do setor de alimentação e possui mais de 600 clientes na Bahia, Sergipe, Pernambuco e Ceará. O investimento para criar o POS Controle foi de R$ 1,7 milhão. “Tudo foi feito com recursos próprios”, conta Emerson e ressalta que ainda não deu para tirar o valor investido. “O momento é de nos mostrarmos para o mercado. Estamos aumentando nossa carta de clientes e esperamos começar a lucrar de verdade em 2017”.

IDEIAS BEM SUCEDIDAS
Outra startup instalada no Parque Tecnológico é a Potelo, responsável pelo site de mineração de dados Escavador.com – uma plataforma que localiza informações publicadas nos Diários Oficiais, processos judiciais, perfis acadêmicos e patentes brasileiras. Há mais de um ano na Áity, um dos idealizadores do projeto, Bruno Cabral, destaca que a maior vantagem de estar no parque é o apoio que recebem. “Além disso, é uma referência quando a gente diz que está instalado aqui. As pessoas veem com maior credibilidade”, diz Bruno que está fechando um contrato com a OAB.

Quem acabou de chegar na incubadora foi a Preamar Gestão Costeira. O diretor administrativo Bruno Balbi explica que o projeto em construção é um Sistema de Gestão de Risco de Operações Portuárias. “Hoje os portos operam sem saber as condições do mar, ventos, correntes e outros parâmetros”. Segundo Balbi, as seguradoras tiveram prejuízo de R$ 280 milhões em 2015 com acidentes de navios. “Nosso sistema mostra todas as condições ambientais em tempo real para os navios planejarem suas ações”.


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Influenciada por novas tecnologias, processo educacional passa por transformação e requer um novo tipo de educador http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/influenciada-por-novas-tecnologias-processo-educacional-passa-por-transformacao-e-requer-um-novo-tipo-de-educador/ Sat, 12 Nov 2016 17:23:31 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26701

NOTÍCIAS

Donaldson Gomes
donaldson.gomes@redebahia.com.br

O mundo está passando por uma crise de paradigmas que coloca o processo educacional em um momento de transição. Surgiram novos valores, novos referenciais, e eles estão convivendo com os antigos, explica a educadora e escritora Patrícia Lins e Silva, profissional reconhecida pela leitura que faz da transformação em curso.

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Foto: Daniela Dacorso/Ag O Globo

“As pessoas falam muito nisso como se fosse coisa normal, natural, mas não é. Para começo de conversa, é uma crise. E é sofrida, é complicada”, avisa. Significa tirar todos os seus referenciais e mudá-los radicalmente, acredita. Em suas palestras e no seu livro, Inteligência se Aprende, quando fala a respeito dos desafios de uma mudança de paradigma, ela lembra que Galileu (Galilei, filósofo) quase foi para a fogueira por dizer que era a Terra que orbitava ao redor do Sol, e não o inverso, como se acreditava.

Do mesmo modo, certezas a respeito da Educação estão mudando, arrastadas por novas tecnologias e mudanças sociais. Patrícia Lins e Silva é uma das sócias da Escola Parque Rio, que adota o sistema educacional apresentado pelo educador baiano Anísio Teixeira, onde o desenvolvimento do aluno é pensado em uma perspectiva geral. Educação é um dos temas do Fórum Agenda Bahia, uma realização do jornal CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e prefeitura de Salvador.

Como se aprende a ser inteligente?
Inteligência não é um dom. É uma característica da espécie humana. Todos nascemos inteligentes, se entendermos inteligência como capacidade de aprender. Um ambiente que proporcione ao sujeito experiências diversas e estimulantes, que provoquem a capacidade de pensar, desenvolve a inteligência.

Como se dá o aprendizado?
Existem várias teorias sobre a aprendizagem que podemos, de modo bem simplista, reduzir a duas: o comportamentalismo e o construtivismo. A primeira postula que se aprende por repetição ou por modelo ou exemplo. O aluno é uma folha em branco onde se escreve. O foco é no ensino. É o mais recorrente. Já o construtivismo afirma que o conhecimento é construído pelo sujeito numa interação com a realidade. Sujeito e objeto interagem e é nesse encontro que se constrói conhecimento. O foco está na aprendizagem. Muito mal compreendido, erroneamente o construtivismo tem sido culpado pelos males da educação brasileira.

A senhora fala em uma mudança de paradigma na Educação. Qual é este novo paradigma?
Estamos num momento de transição, mudando de paradigma, mas ainda não está claro qual virá a se estabelecer. Mudar paradigma é traumático e assustador. Galileu, quando disse que a Terra girava à volta do Sol, foi condenado a morrer queimado vivo numa fogueira porque, naquele momento da História, acreditava-se que o Sol é que girava à volta da Terra. Era uma verdade inquestionável, o que tornava inaceitável afirmar o contrário. Assim, na escola, é chocante mudar do atual paradigma conhecido, com salas divididas por idade, ano letivo, currículo único, cadeiras umas atrás das outras e professor na frente, provas, dever de casa, etc. Um novo paradigma se estabelecerá quando o entendimento de que a escola que ainda existe nos moldes do século XIX não serve mais para formar as gerações do século XXI. Agora já não serve mais, porém, ainda não se chegou a um ponto crítico entre o que é oferecido pela escola e o tipo de pessoas de que a sociedade precisa.

Qual é o papel da escola e dos pais no processo educacional?
A escola, hoje, deve influenciar muito a educação dos alunos. O mundo mudou e a família mudou, as pessoas trabalham e têm pouco tempo. Assim, a escola deve assumir algumas funções que antes ficavam com a família, como a de educar social e moralmente. Escola não é só para informar conteúdos. Hoje, família é quem cuida da criança, e continua tendo o importante papel de dar afeto e assegurar o bem-estar. Para se sentir cuidada e amada, a criança precisa de direção, de quem lhe diga o que fazer e o que não fazer, estabelecer a hora de dormir e comer, hora de estudar e ler, de usar o tablet ou brincar. A escola é uma instituição que funciona como a família no desenvolvimento das crianças. Ela também dá afeto e cuida, mas o pertencimento a um núcleo menor e particular é importante para a criança.

Qual será a função do professor no futuro?
Num mundo em que as informações estão nos sites de busca e que basta digitar num teclado, a qualquer hora e em qualquer lugar, para obter todo tipo de informação, o professor passa de transmissor de conhecimentos a orientador da aprendizagem dos alunos, propondo questões da vida real para ser pesquisadas e solucionadas.

Como se desperta o desejo de aprender nas pessoas?
Instigando-as com desafios interessantes, com questões da vida real. Em vez de aulas-palestras, os professores poderiam propor questões que instiguem a capacidade de pensar dos alunos, questões que podem resolver com outros, conversando e pesquisando nos computadores. Um ambiente inteligente, no sentido de ter desafios intrigantes, reais, dentro do interesse do aprendiz, costuma despertar a curiosidade que leva à vontade de obter respostas, e essa vontade é aprender.

Que conhecimentos são indispensáveis para o futuro?
Saber se comunicar e saber pensar com lógica são a base para todos os conhecimentos. A comunicação oral e escrita (nos computadores, claro) permite interpretar os textos de qualquer área de conhecimento e comunicar e trocar ideias. Aprender a ler o mundo para além das percepções mais básicas leva a compreender as ciências. A capacidade de criar e inventar soluções será fundamental no futuro.

As novas tecnologias estão criando novas profissões, que demandam novos conhecimentos. Qual a melhor maneira de preparar as crianças para este ambiente?
Num mundo em transformação acelerada, as próximas gerações terão que aprender a se adaptar a mudanças com rapidez e terão que enfrentar e solucionar problemas.

O que esperar das mudanças propostas pelo governo para o ensino médio?
O ensino médio tem que mudar. Está muito ultrapassado. As propostas do Ministério da Educação são bastante boas, do meu ponto de vista. Mas existem, pelo menos, dois problemas que podem fazer com que, em vez de melhorar o ensino médio, ele fique pior. Um deles é sustentação financeira. Para garantir a mudança será preciso investir nas escolas. E outro problema é garantir que todos tenham acesso aos cursos de seu interesse e não apenas aos de menor custo. Por exemplo, um laboratório de ciências implica investimento, o que pode significar a não oferta de cursos voltados para as ciências. Ora, o século XXI é o século da ciência e o Brasil não deve ficar fora das tendências mundiais. Não sei como será garantido o investimento com o limite geral do teto de gastos. Será que a Educação será priorizada como deveria ter sido sempre?

Qual a relação entre a Educação e a produtividade econômica?
O capital humano é fundamental para o desenvolvimento de um país. A educação é que valoriza esse capital, preparando mão de obra mais especializada e mais qualificada, formando cidadãos mais consistentes na sua participação na sociedade. Os países considerados mais ricos e produtivos valorizam a educação, investem nela, priorizam o desenvolvimento e formação de seus habitantes porque reconhecem que cidadãos preparados significam melhor produção.


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Investir no pessoal é o caminho para ter menos faltas, aumentar receitas e até reduzir a quantidade de ações trabalhistas http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/investir-no-pessoal-e-o-caminho-para-ter-menos-faltas-aumentar-receitas-e-ate-reduzir-a-quantidade-de-acoes-trabalhistas/ Thu, 10 Nov 2016 13:49:00 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26693

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Donaldson Gomes
donaldson.gomes@redebahia.com.br

Quando uma empresa investe em seus trabalhadores os resultados são percebidos na redução do número de faltas , de acidentes de trabalho, aumentos de receitas, mais retorno para os acionistas e até no menor número de ações trabalhistas. Foi o que apontaram os participantes do painel Cuidar das Pessoas e do Ambiente de Trabalho Dá Lucro, ontem no Fórum Agenda Bahia.
O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Cezar Almeida, acredita que as relações de trabalho passam por uma “revolução” atualmente, onde as empresas estão migrando de uma relação “mecanicista” em relação aos trabalhadores para um relacionamento “orgânico” com a força de trabalho.

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“A visão mecanicista sugere que as pessoas são peças e, como tais, podem ser trocadas quando não funcionam. Na visão orgânica, percebe-se que todos têm um valor. Este é o paradigma emergente”, diz. Segundo ele, como a mudança está em curso, os dois paradigmas ainda são percebidos no mercado de trabalho.

As empresas com estruturas orgânicas buscam o “engajamento” das pessoas aos objetivos organizacionais. Segundo Cezar Almeida, pesquisas do setor indicam que o número de faltas cai, em média, 37%, o de acidentes cai 48%, a lealdade do trabalhador aumenta em 39% e o retorno para os acionistas cresce 19%.

No caso da rede de laboratórios Sabin, o investimento em pessoal reduziu até o número de ações trabalhistas. Foram sete nos últimos 15 anos, contou a presidente executiva da empresa, Lídia Abdalla. Segundo ela, a empresa optou por crescer mantendo os valores. “Para atingir 100% da organização com os nossos valores, toda a empresa precisa estar engajada”, diz.

O engenheiro Raymundo Dórea, diretor da Engepiso, conta que o desafio foi levar a visão de valorização do trabalhador para uma pequena empresa prestadora de serviços industriais especializados no ramo da construção civil.

Com os investimentos, o empresário conta que a Engepiso quebrou paradigmas no mercado: “Pequenas empresas da construção são tratadas como ‘subempreiteiras’, mas saímos da realidade de uma empresa que oferece subempregos para produzir conhecimento”.

O Fórum Agenda Bahia, que encerrou ontem a edição 2016, é uma realização do CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e da prefeitura de Salvador.

Líderes precisam de empatia
Em um mundo onde valores como a empatia ganham cada vez mais importância, os negócios do futuro precisam buscar soluções para problemas e os cidadãos precisam cobrar este tipo de posicionamento das empresas, acredita a semeadora de transformação, Tati Fukamati. Bióloga marinha, com pós-graduação em Neurociência, ela se define como uma apaixonada pelo conceito de empatia e acredita que o desenvolvimento do comportamento é fundamental para as lideranças modernas.

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“A empatia tem várias definições. No geral, trata-se de se colocar no lugar do outro e compartilhar um sentimento”, explica ela, que apresentou ontem a oficina Empatia no Processo de Liderança.

Tati conta que em palestras e seminários que tem realizado, os participantes indicam entre os maiores problemas do mundo questões como o preconceito, a pobreza, a fome, o bulliyng, a corrupção, a hipocrisia e o consumismo, entre outros. Para ela, apesar de serem muitos, os problemas têm algo em comum: nascem da falta de empatia entre as pessoas. “A empatia pode funcionar como um dos pontos de acupuntura do mundo. Isso tem muito a ver com os negócios”, acredita.

Como exemplo, ela cita o caso de uma empresa fabricante de roupas que doa um uniforme ou cinco refeições a cada vez que uma peça da marca é vendida. “A ideia surgiu de uma viagem que os empresários fizeram pelo mundo, onde perceberam as necessidades das pessoas”, ressalta.

“A neurociência e a ciência entendem que a capacidade de ter empatia faz parte de todos os seres humanos. Bebês já demonstram (empatia). É preciso que haja uma noção de propósito. Empresas existem para resolver problemas”, conclui.

É preciso romper muros para conseguir inovar
Instituições de ensino que atuam além dos seus muros e vão para as indústrias, agem a favor do meio ambiente e apostam nas demandas das pessoas, conseguem inovar. O Fórum Agenda Bahia reuniu, ontem, três cases que comprovaram isso. Professor de Química da Escola Djalma Pessoa (Sesi-Piatã), Fernando Moutinho defendeu a aposta em pesquisa no ensino médio pela capacidade de projetar o aluno tanto para o ensino técnico como para o campo científico.

Ele orientou as estudantes Camila Santana, 19, Ananda Lima, 20, Aline Cezar, 18, a desenvolver um bioplástico feito com mandioca para embalar mudas de plantas, evitando poluição e servindo de adubo. “A escola foi crucial nesse processo”, destaca Aline.

Outro caso foi o do agora técnico em Informática pelo Senai Bruno Silva, que com três colegas e o apoio do pai, o marceneiro Manuel Silva, desenvolveu um sistema que permite, através da internet, desligar interruptores, controlar a temperatura e fechar uma cortina a distância. “Estamos buscando o primeiro cliente e vamos abrir uma startup”, diz.

O público também conheceu o programa Inova Talentos, do IEL com o CNPq, que aqui na Bahia tem gerado inovações desde a Ford (demonstrado pela engenheira Cristiane Gonçalves) e até em pequenas empresas, como foi o caso da administradora e ex-bolsista do programa Alana Santos, que teve um dos três projetos mais inovadores do Brasil, na área de administração de processos. “São cases que orgulham o sistema indústria por investir nessa nova geração de profissionais aliados aos novos desafios da nossa sociedade”, avalia Flávio Marinho, gerente de Empreendedorismo e Inovação do Senai Cimatec.


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Mensagem correta é capaz de promover o engajamento que move a engrenagem interna de todos para o trabalho e para a vida http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/mensagem-correta-e-capaz-de-promover-o-engajamento-que-move-a-engrenagem-interna-de-todos-para-o-trabalho-e-para-a-vida/ Thu, 10 Nov 2016 13:36:44 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26688

NOTÍCIAS

Os recursos humanos e o talento das pessoas podem ser um diferencial em momentos de crise. Para explorar bem isso, é preciso se comunicar, engajar a equipe e investir em educação, segundo especialistas que participaram do Agenda Bahia

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

O mundo amanheceu perplexo ontem com a notícia da eleição do empresário Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos. No auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o público também parecia ainda não acreditar. “Ele soube usar o propósito para se comunicar com a maioria dos americanos e isso foi decisivo”, justificou o primeiro palestrante do Fórum Agenda Bahia, na manhã de ontem, Marcos Caetano.

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Marcos Caetano citou o discurso de Trump como exemplo para as empresas brasileiras (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)

Sócio da empresa de comunicação estratégica Brunswick Group e ex-diretor de Pessoas e Comunicação do Itaú Unibanco, ele explicou que não poderia não falar sobre o assunto que o mundo inteiro comentava e que isso tinha muito a ver com o tema de sua palestra “Como o propósito pode transformar as empresas”.

A ERA DO POR QUE
O propósito é, segundo ele, o elemento capaz de mover a atual geração. “Na época em que eu era jovem, as empresas falavam sobre o ‘que’ faziam. O tempo passou e elas passaram a falar ‘como’ faziam. Agora estamos na fase do ‘por que’. É uma juventude preocupada com os propósitos da empresa”.

A geração atual não está preocupada apenas com os lucros, segundo Caetano. “Querem ganhar dinheiro, claro, mas o mais importante é a pergunta: por que me levanto todos os dias e vou trabalhar?”. Depois que as organizações começaram a perceber isso, passaram a se comunicar melhor com seus públicos, garante o especialista. “O propósito engaja as pessoas e funcionários engajados produzem muito mais”, completa.

DE VOLTA AOS EUA
Mais uma vez citando as eleições americanas como exemplo, Caetano explicou o que Donald Trump fez. “Não estou aqui julgando se isso é bom, mas ele teve uma mensagem eficiente e atingiu mais de 76% dos americanos com seu discurso de mudança, de alguém que não é político e veio para mudar o status existente há anos, foi uma mensagem engajadora”.

Para Marcos, o perfil do povo americano diz muito sobre esse engajamento. “O que simboliza o americano é o movimento, eles fazem tudo sem perder tempo e até inventaram o Drive Thru. Para um americano, ter duas horas de almoço é coisa de preguiçoso”, disse, arrancando risos da plateia.

Ainda defendendo a sua “tese”, ele explicou que o lema de Trump confirma isso: “Make America Great Again” (Fazer a América grande de novo), enquanto a frase de campanha de Hillary Clinton foi “Stronger Together” (Somos mais fortes juntos). “É um bom lema, mas não indica ação alguma”, avalia Marcos Caetano.

SOBRE EMPRESAS
Para Caetano, o exemplo do que ocorreu na votação dos EUA é um ponto de reflexão para as empresas. É necessário que as companhias encontrem seu propósito, algo que mobilize as pessoas, e comuniquem isso da forma correta.

Ele conta que, na época que trabalhava no banco, era um desafio fazer esta comunicação. “Banco é um negócio complicado. Ele é demonizado pela sociedade porque obtém 30% de lucro. Há empresas que têm uma margem muito maior e, por ser socialmente responsáveis, ninguém liga para isso”.

Foi então que a empresa passou a comunicar seus propósitos e isso mudou o olhar sobre o banco. “A gente passou a dizer: ‘Você sabia que de cada 10 projetos de infraestrutura do país, a gente financia oito? A gente está transformando o país, sem um banco não dá para fazer esses projetos’. Isso são os porquês, são os propósitos”, concluiu.

O Fórum Agenda Bahia, que encerrou ontem a edição 2016, é uma realização do CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e da prefeitura de Salvador.

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Capital humano é gargalo para desenvolvimento
Um dos principais gargalos para o desenvolvimento do Brasil e da Bahia é a formação do capital humano. Por isso, A Diferença que o Talento Faz foi o tema escolhido para conduzir o último seminário do sétimo Fórum Agenda Bahia, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep.

“Pela primeira vez, o Agenda Bahia faz dois seminários em dois dias seguidos. Isso acontece porque são duas pautas correlatas: produtividade e a formação do capital humano brasileiro e baiano”, afirmou o presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, durante a abertura do evento, na manhã de ontem, referindo-se também ao seminário promovido anteontem.

“(As palestras) vão mostrar a diferença que o talento faz, com a educação formal. O Fórum Agenda Bahia mudou tanto no conteúdo quanto no formato. Esperamos estar contribuindo com o desenvolvimento sustentável da Bahia com esse debate”, explica Antonio Carlos Júnior.

Já o presidente da Fieb, Ricardo Alban, destacou que, no cenário atual, dominado por mudanças, dúvidas e incertezas, é preciso assumir um senso de responsabilidade pelo futuro. “Por isso o Fórum Agenda Bahia é tão importante para fazer com que as pessoas tenham capacidade de construir caminhos e soluções. Precisamos de algo a mais para o nosso país”.

Só que, na avaliação dele, não há como chegar a mudanças construtivas sem a participação das pessoas. “O talento não pode ser desperdiçado. Já temos um déficit econômico e social muito grande para nos dar ao luxo de desperdiçarmos talento. Daí a nossa responsabilidade de dar condições para que oportunidades possam surgir e também ser convergentes para o desenvolvimento desses talentos”, disse Alban, ressaltando experiências como as do Senai Cimatec na Bahia.

Erros fazem parte da jornada de sucesso, diz Scarpioni

Thais Borges
thais.borges@redebahia.com.br

Quer ser um empreendedor de sucesso? Pois, se há alguma certeza é que, no percurso, você vai cometer erros. E o ideal é que erre mesmo – e logo de cara. É isso que diz a empreendedora baiana Lorrana Scarpioni, 26 anos, que está na lista dos dez brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos, organizada pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês).

Ela tem conhecimento de causa. Em 2012, a moça criou a Bliive, que é a maior rede de intercâmbio de tempo do mundo – da qual é CEO hoje. Com mais de 120 mil usuários, a Bliive funciona assim: você pode oferecer uma experiência (uma aula de ioga por uma hora, por exemplo) e recebe um “TimeMoney”, como pagamento. Com essa moeda digital, pode trocar por experiências oferecidas pelos outros membros da comunidade.

“A mentalidade empreendedora é saber que vai errar. A gente tem que errar e errar rápido, para ser inteligente. O quanto antes você erra, antes aprende que não é o caminho. Mas isso (o erro) é natural, porque você está fazendo algo que ninguém fez antes, que não existe”, afirmou a jovem, durante sua palestra no último seminário do Fórum Agenda Bahia, que aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado (Fieb), na manhã de ontem.

À primeira vista, Lorrana pode lembrar uma dessas histórias de sucesso que acontecem com alguém que parece ter nascido de cara para a lua e que, por isso mesmo, está distante da realidade da maioria.

Só que, na verdade, Lorrana – nascida em Salvador; moradora de Esplanada, no Nordeste do estado, até os 4 anos, e criada em Curitiba (PR) – pode ser a garota da casa ao lado. A diferença é que, hoje, a moça ostenta títulos como uma das cem mulheres mais inspiradoras de 2015, em uma lista da BBC, além de ter sido nomeada Global Agenda Council em Creative Economy e Global Shaper pelo Fórum Econômico Mundial – que significa, resumidamente, que ela é uma jovem com potencial para papéis de liderança.

Além disso, não dá para deixar que o “fracasso” passe a definir quem você – ou a empresa – é. “Uma coisa que errei (na Bliive) foi nas métricas. Você tem que ter métricas para tudo. Porque, se está fazendo algo diferente, e tem métrica, consegue ver o que está acontecendo de diferente. O erro tem que ser parente da construção. Nenhum produto nunca começou do jeito que está (hoje)”, afirmou.

Também não existe caminho que leva direto ao sucesso – como uma linha reta. “A jornada para o sucesso está mais para um emaranhado, onde você vai e volta, mas está caminhando para ele”. E não vale desperdiçar nenhum conhecimento: a ideia para a Bliive veio de vídeos do TEDTalks, que são depoimentos de ideias ao redor do mundo, compartilhados na internet.

Arte usada como instrumento de transformação

Lucy Brandão Barreto e Alexandro Mota

Ao longo do dia de ontem, o Fórum Agenda Bahia debateu “A diferença que o talento faz”. Quando Margareth Menezes dividiu o palco, no final da programação, com o quinteto de metais Bahia Brass (que integra o Neojiba), o tema do evento fez todo o sentido. Ela cantou, de forma única, Milagres do Povo sob o olhar atento do maestro Ricardo Castro, fundador dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba).

Momentos antes, os dois dividiram com o público a forma como apostam em talentos nas instituições que estão à frente.
Margareth, que há 12 anos comanda a ONG Fábrica Cultural, contou a iniciativa do Mercado Iaô, que nos últimos três verões agita a cena cultural e empreendedora da região itapagipana. “Investir no ser humano é a maior sabedoria que uma nação pode ter, especialmente os jovens, que são elementos contundentes de transformação”, afirmou. O maestro relatou como regressou ao Brasil, depois de uma destacada carreira internacional, para apostar em jovens, 80% deles carentes.

Pela manhã, outra experiência mostrou como a arte pode ser transformadora. “A gente tem talento e pode tanto quanto qualquer outro. É só lutar, ter foco e fé”, disse o cantor lírico Sandro Machado, que faz mestrado na Alemanha e conversou com o público direto de lá, via internet, pelo Skype. Em um bate-papo com a comentarista Flávia Oliveira (da Globo News e Jornal O Globo), o tenor baiano contou como largou tudo aqui para estudar música na Europa.

“Fazia Administração e Finanças e odiava o curso”, disse. Fez vestibular para Música na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e não passou. “Isso serviu para me dar mais força, foquei no meu objetivo e disse: ‘Vou mostrar para todo mundo que eu posso ser o melhor’”.

Fez um novo vestibular e cursou Música na Ufba. Depois, fez seleção para um coro na Alemanha e passou. “Era o único tenor negro entre eles. Vim com um sonho de cantar nesse coro e depois voltar. Voltei para a Bahia pensando em fazer um mestrado na Alemanha”. De volta à Europa, fez testes e foi aprovado entre mais de 120 concorrentes.

Mas ele confessa que não foi fácil. Teve que trabalhar bem mais do que a maioria dos estudantes europeus, que já têm em sua formação básica muito do ensino voltado para a música e as artes. “Cheguei à Alemanha em 2015 com 28 anos, quase velho para a profissão”.

Atualmente, recebe uma bolsa que garante o pagamento do aluguel e do seguro saúde. Para custear outras despesas, trabalha em um bar. “Faria tudo de novo. Quero ter um nome como cantor de ópera, voltar à Bahia e devolver algo ao meu povo”.


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“Existe dinheiro. Só precisa de um bom projeto”, defende especialista; veja programação do Agenda Bahia http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/existe-dinheiro-so-precisa-de-um-bom-projeto-defende-especialista-veja-programacao-do-agenda-bahia/ Wed, 09 Nov 2016 10:39:09 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26679

NOTÍCIAS

Flávio Oliveira
flávio.oliveira@redebahia.com.br

Representantes do setor produtivo da Bahia e dos governos estadual e municipal tiveram ontem um momento reservado com o economista Rogério Studart, ex-diretor do Banco Mundial e membro do Global Federation of Competitiveness Council. Palestrante do Fórum Agenda Bahia, Studart conduziu uma pesquisa sobre como os bancos de desenvolvimento financiam obras de infraestrutura em todo o mundo. Ele descobriu que há dinheiro disponível para projetos de infraestrutura sustentável, que são obras de infraestrutura que resultam na criação de emprego e renda e na preservação do meio ambiente.

A conversa reservada teve o objetivo de ajudar empresários e secretários estaduais e municipais a identificar oportunidades concretas para a criação de projetos de infraestrutura sustentável e como apresentá-los a organismos de financiamento nacionais e internacionais para viabilizá-los. Segundo o especialista, bancos e fundos de investimentos querem resultados sustentáveis em suas aplicações, porque, atualmente, há uma convergência entre a “paixão pela sustentabilidade” e o interesse de obter lucro econômico. “Sempre ouvi que o Brasil perdeu o bonde da história. Este bonde está aí, dando bilhetes de graça para quem quiser entrar. Existe dinheiro. O Brasil, o estado ou o município só precisam chegar com um bom projeto”, disse.

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Durante a reunião, representantes da prefeitura de Salvador citaram projetos que podem ser classificados como de infraestrutura sustentável. Um deles é o de saneamento da bacia do Rio Mané Dendê, no Subúrbio Ferroviário. O projeto já foi aprovado pelo Comitê de Financiamento Externo (Confiex) do Ministério do Planejamento e entra em fase de elaboração de projeto. A obra vai sanear o rio, levar energia, água encanada, rede de esgoto e pavimentação para uma área que abrange cinco bairros: Plataforma, Itacaranha, Ilha Amarela, Alto da Terezinha e Rio Sena, beneficiando 30 mil pessoas. “É um grande projeto que vai mudar os indicadores sociais daquele local, um dos mais baixos de Salvador”, disse Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira. O projeto está orçado em US$ 135 milhões, metade do valor será financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, que ainda doou à prefeitura US$ 1,1 milhão para a elaboração do projeto.

Na discussão com representantes do estado, Studart citou como case de sucesso os investimentos da cadeia de energia eólica na Bahia. O estado tem se destacado na geração de energia pela força dos ventos e também atraiu empresas que fabricam os equipamentos utilizados nos parques eólicos. Energia renovável, inclusive, é um dos segmentos mais promissores da área de infraestrutura sustentável. Do ponto de vista empresarial, além do tema da energia renovável, foi levantado, entre outros, a possibilidade de investimentos na reciclagem de resíduos. A exemplo do vidro. O Fórum Agenda Bahia é uma realização do jornal CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e da prefeitura de Salvador. A edição 2016 do fórum encerra hoje com o tema “A diferença que o talento faz”.

Programação de hoje
9h | Talk Show: Como o Propósito Pode Transformar as Empresas Marcos Caetano (Brunswick Group)
10h | Talk Show: Ela Tirou uma Ideia do Papel. E a Levou para Quase 100 Países Lorrana Scarpioni (Bliive)
11h | Talk Show: Da Bahia para Alemanha: As Dores e Delícias de Investir na Carreira no Exterior com Sandro Machado
11h30 | Painel: A Cultura do
Acerto Inibe os Talentos? Com Marcos Caetano, Lorrana Scarpioni e Sandro Machado
14h | Painel – Combinação que Dá Lucro – Cuidar de Pessoas e do Ambiente de Trabalho Cezar Almeida (ABRH-BA), Lídia Abdalla (Sabin) e Raymundo Dorea (Engpiso).
14h| Oficina B: Teoria para Prática: Como o Talento Pode Fazer a Diferença no Mundo do Trabalho Serão apresentados os cases Ciência na Escola: Um Projeto Reconhecido; Automação para Casa Inteligente ; Inovação Científica: Profissionais Qualificados Fazem a Diferença
16h | Oficina C: Empatia no Processo de Liderança Tati Fukamati
17h30 | Bate-Papo: Cultura como Valor para a Transformação. Margareth Menezes e Ricardo Castro.


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Ciência, Tecnologia e Inovação podem ajudar o país a sair do atual cenário de crise http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/ciencia-tecnologia-e-inovacao-podem-ajudar-o-pais-a-sair-do-atual-cenario-de-crise/ Tue, 08 Nov 2016 11:09:47 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26669
NOTÍCIAS

Jacob Palis é um dos principais nomes da Matemática no Brasil e defende ampliação da parcela do PIB direcionada para Ciência, Tecnologia e Inovação para que país volte a crescer

 

Alexandro Mota alexandro.mota@redebahia.com.br

Aos 76 anos, Jacob Palis se orgulha de ter sido “irresponsável no bom sentido” e ter conseguido flexibilidade quando se doutorou em Matemática, nos Estados Unidos. Outro orgulho de um dos nomes referência da matéria no país é o que ele chama de árvore genealógica de doutores, que inclui os premiados pesquisadores Marcelo Viana, atual diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do qual é pesquisador emérito, e o matemático Artur Ávila.

Os três trouxeram para o país importantes reconhecimentos na área. Arthur levou a Medalha Fields, Viana ganhou o Prêmio Científico Louis D. e o próprio Jacob, em 2010, ganhou o prêmio Balzan. Nessa entrevista, que integra as discussões do Fórum Agenda Bahia, o matemático defende que o Brasil precisa cuidar do motor da economia, sustentado pelo tripé Ciência, Tecnologia e Inovação. O Fórum Agenda Bahia é uma realização do jornal CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e prefeitura de Salvador. jacobpalis Pequenas alterações em um sistema podem gerar grandes transformações. Como a sua área de estudo, os Sistemas Dinâmicos, pode contribuir para antecipar crises e soluções?
Sistemas Dinâmicos correspondem, para simplificar, a você ter uma série de equações na qual é possível você seguir trajetórias. É algo que você pode, sim, aplicar para fenômenos da natureza ou também, por exemplo, pensar o crescimento econômico ou da população. Dá sim para pensar no futuro com equações, pensar a economia de um país e como determinados fatores evoluem e influenciam na economia.

Na prática, esses conhecimentos são subestimados em relação à possibilidade de pensar questões como a crise que o país vive?
Não são subestimados, o que ocorre é que o nosso conhecimento, mesmo teórico, ele vai crescendo com o tempo. Ainda há muita coisa para a gente descobrir. A princípio é um assunto que parece difícil e é difícil mesmo. Primeiro tem que formular bem as equações que estão espelhando o crescimento ou decrescimento ou, por exemplo, ver como a economia está avaliando os lucros que estão sendo obtidos na Bolsa e qual variação desses lucros.

É algo de longo prazo…
Sim, quase sempre. Por exemplo, um fenômeno que nós gostaríamos de demonstrar está relacionado com um subconjunto dessas equações. Eu formulei uma conjuntura em 1995, imagina. E até agora o que temos são resultados parciais. Lembro que apresentei em um aniversário de 60 anos de um matemático importante e tiveram muitos contraexemplos naquela época, pessoas que diziam ‘nesse caso não funciona’ ou ‘naquele outro’… Mas mais da metade ficou do meu lado (risos). Eu estava muito confiante…

Importante citar isso dos contraexemplos e da sua confiança, já que soube que o senhor atribui, de alguma forma, o recebimento do importante prêmio Balzan a sua crença na incerteza. Explica isso.
(Risos) Eu acredito que o prêmio Balzan veio em parte pelas conjecturas, mas não só as conjecturas. Eu provei, às vezes, junto com outros colegas, um número relevante de resultados, tentando esclarecer como é que a longo prazo essas equações (dos sistemas dinâmicos) funcionam. Mesmo que eu não tenha obtido, junto com meus colegas, a meta maior, final, muitos casos particulares foram coerentes com a conjectura. Ela continua em aberto quase 20 anos, mas em muitos casos ela funcionou. É assim que um cientista se comporta, ele formula perguntas ou ele responde perguntas importantes de outros colegas para o entendimento daquele assunto e quanto maior for a proximidade com aplicações, mais relevante isso fica.

Como pesquisador, como lida com essa distinção de teoria e prática tão exigida pelo mercado?
Eu mencionei essa importância da aplicação, mas isso não quer dizer que o matemático ou o físico está preso a aplicações. Elas são importantes, o objetivo de dar respostas ao comportamento futuro do planeta Terra em termos ambientais, por exemplo, isso é de primeira prioridade. Então, claro que o problema que você coloca, se tem a ver com o meio ambiente, ele cresce de importância, a mesma coisa a economia. O cientista não só trabalha por motivação de aplicações, mas também ele tem que abstrair e tentar resolver problemas que posteriormente vão tentar resolver aplicações. É um jogo fascinante para o cientista e nem sempre é fácil explicar para o público. Outra coisa é que quanto mais aplicações mais chances de você conquistar o governo e a população em geral.

Falando em governo, especialmente em um momento de enxugamento da máquina, como apostar em ciência pode ajudar a driblar a crise?
A comunidade científica particularmente, que é o mundo que eu vivo, o mundo do Impa, dos institutos de Física e de Biologia… Os cientistas em geral são primeiro muito apaixonados, gostam de fazer descobertas e sobretudo que essas descobertas possam melhorar a vida humana ou a vida de um país. Nós acreditamos convictamente – na verdade essa é uma frase que não é minha, é do Barack Obama – que é como se estivéssemos em um avião pilotado e o motor dele é a ciência, a tecnologia e a inovação. A gente constata que os países evoluem positivamente em benefício para sua população do ponto de vista econômico, ambiental e na área da saúde, onde se investe mais nesses três campos.

Qual seria um bom exemplo disso, de bons resultados nos investimentos nessa área?
Se olharmos a Coreia (do Sul). Eu terminei meu doutorado nos Estados Unidos em 1968. Havia vários alunos da Coreia e tanto o pessoal local, os americanos, como os estrangeiros, procuravam ajudá-los por conta do nível de desenvolvimento da Coreia, que não era muito bom. O Brasil certamente estava à frente. Hoje se inverteu. Eles apostaram em estimular os jovens e investem mais de 4% do seu Produto Interno Bruto em ciência e tecnologia. Se comparar com Brasil é 1,4%. A comunidade europeia está planejando atingir 4 nos próximos dez anos, a China passou de 2. Então, estamos batalhando para que se atinja 2% nos próximos 4, 5 anos. O atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, o ministro (Gilberto) Kassab, ele afirma que adotou a tese dos 2% e isso é muito importante. Isso realmente se confirma como o motor de uma nação rumo ao progresso.

O senhor foi um aluno questionador, começou na Engenharia, mas depois migrou para Matemática. Por que essa mudança?
Durante o meu curso, eu me interessei por Matemática e um pouco por Física também. O Impa era muito pequeno, mas dava uns cursos. Nasceu pequeno, mas com ótimos pesquisadores. Mauricio Peixoto, Elon Lima… Eram poucos, mas muito bons. Aí eu fui fazer cursos e gostei. Eu sei que depois que me formei em Engenharia, em 1962, eu fui o aluno com o melhor grau na soma das disciplinas formando naquele ano. Mas eu já estava pensando meio ousadamente, talvez meio irresponsavelmente, em fazer um doutorado no exterior, talvez nos Estados Unidos. Era uma espécie de sonho que não era muito distante já que eles davam bolsas para bons alunos daqui. Eu saí do país em 1963, foi um ano complicado por causa do golpe militar. O CNPq parou de funcionar e eu ganhei uma bolsa americana. A minha família achou que eu estivesse… – louco é exagero – fora da realidade. Eu tinha estudado tanto, tinha me dado superbem, iria estudar mais para que, né? Eu fui então estudar em Berkeley. Sempre meio ousado e irresponsável, no bom sentido, eu terminei tudo em três anos e recebi o convite de ficar lá como professor assistente. Fique, mas antes do final do contrato, renunciei e voltei, queria contribuir com o desenvolvimento do Brasil e logo lembrei do Impa.

Voltou direto para o Impa?
Não, antes tive uma passagem pela universidade. Dependia de ser convidado. Mas sempre foi o que eu queria, avançar com mais rapidez com alunos, a universidade me dava impressão de ser tudo muito grande, muito burocrática e que queria andar de pressa. Não era uma crítica em relação à universidade, era um sentimento. Lembro que quando voltei para o Impa, a minha família, outra vez, disse: ‘mas você vai viver de bolsas o resto da vida?’. A minha família ficou assustada (risos). Recebi o convite e fiquei no Impa.

Como foi o primeiro contato com os alunos no Impa, vindo de outra realidade?
Eu comecei aqui por volta de 1975 e fazia uns seminários sobre Sistemas Dinâmicos e eu me lembro que o Wellington de Melo, que foi meu primeiro aluno de doutorado, bateu a minha porta e disse que queria fazer parte dos seminários. Eu olhei a ficha dele e ele estava inscrito para o mestrado, mas aí ele disse que iria estudar muito e aí eu lembrei de minha própria ousadia em Berkeley e concordei. Olha, foi um sucesso, ele terminou em dois anos e teve a tese publicada em uma das melhores revistas internacionais. Ele tinha concluído a graduação em uma federal em Minas Gerais, mas muitos como ele foram ajudados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que aceitava o aluno no vestibular e quando mostrava muita competência, conseguia bolsa junto ao CNPq e à Capes. Vários terminaram o doutorado até antes da graduação, tudo dentro da lei. O Wellington, vinte anos depois, foi quem orientou o Artur Ávila (ganhador da Medalha Fields). O Impa é um símbolo de criar novos líderes da Matemática. A minha árvore genealógica em Matemática deve ter 220 doutores que orientaram outros tantos. Não posso deixar de mencionar um trabalho local, aí na Bahia, de excelência que estão fazendo que é do professor Vilton Pinheiro, da Universidade da Bahia, que também estuda Sistemas Dinâmicos e tem um trabalho que a gente sempre valoriza que é de cooperação. No caso dele com a Universidade de Alagoas.

O senhor tem acompanhado a discussão sobre a reformulação do ensino médio?
Eu não estou muito envolvido nessa linha, o Marcelo Viana (atual diretor do Impa) é quem é mais referência, é quem se dedica a isso. Ele, inclusive, com outros pesquisadores, criaram o tal do Profmat (Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional), que é um programa muito bem feito para estimular os professores de ensino médio a obter uma pós-graduação. É um sucesso que deveria ser visto por outras áreas. É importante pensar a melhoria do ensino, o país precisa melhorar a qualidade desse ensino, de onde vai surgir o novo pesquisador, que vai constituir um motor do futuro do Brasil, segundo o Obama (risos).

O senhor, notadamente, mostra o quanto é apaixonado por Matemática, por ciência. Quando tem oportunidade de conversar com jovens, que acham a Matemática algo difícil e que a evita, qual o argumento que o senhor usa para transmitir essa paixão que o senhor tem?
Acho que tem um bom argumento, que é, mesmo, os resultados. Se você olhar as estatísticas, você vai ver que os países que mais investem na formação de bons pesquisadores, eles são economicamente melhores. Crise todo mundo tem, mas são esses os países que evoluem mais depressa.


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Como fazer a diferença na crise é tema do Agenda Bahia de hoje http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/como-fazer-a-diferenca-na-crise-e-tema-do-agenda-bahia-de-hoje/ Tue, 08 Nov 2016 10:43:15 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26664

NOTÍCIAS

Acontece nesta terça-feira (8) mais uma edição do Fórum Agenda Bahia, no auditório da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). O tema do encontro, com programação durante todo o dia, é Diferencial em Tempo de Crise e traz para o debate o potencial do investimento em infraestruturas sustentáveis, a experiência alemã com pequenas e médias empresas à frente de inovações, e a possibilidade de maximizar lucros sem esquecer de fazer o bem com as chamadas empresas B.

O debate inicial, que começa às 9h, conta com a presença do economista Rogério Studart, membro do Global Federation of Competitiveness Councils e ex-diretor-executivo do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento; Markus Will, diretor do Escritório Brasileiro de Projetos do Instituto Fraunhofer IPK, entidade referência em inovação no mundo; e Marcel Fukayama, cofundador do Sistema de Empresas B no Brasil e da Din4mo. Para mediar o debate, o Agenda Bahia convidou a jornalista Flávia Oliveira, colunista do jornal O Globo e comentarista de economia da GloboNews.

Pela tarde, a partir das 14h, os participantes poderão escolher entre quatro painéis e uma oficina que também apontam para fora do cenário atual de crise e abordam aspectos mais práticos da discussão. Entre os integrantes das oficinas estão Zé Pimenta, criativo e sócio da marca Euzaria, e Igor Marchesini, diretor da SumUp, líder em soluções de pagamentos móveis. Nesses debates será possível conhecer o Banco de Práticas Sustentáveis da Fieb e formas para empreendedores se tornarem mais competitivos. O Fórum Agenda Bahia é uma realização do jornal CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e da prefeitura de Salvador.

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Diferencial em tempos de crise será debatido nesta terça (8); veja programação http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/diferencial-em-tempos-de-crise-sera-debatido-nesta-terca-8-veja-programacao/ Mon, 07 Nov 2016 11:12:20 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26660

NOTÍCIAS

Alexandro Mota
alexandro.mota@redebahia.com.br

Camila. Amanda. Bruno. Clécia. Cristiane. Alana. Pessoas! Para driblar o atual cenário de recessão no Brasil, empresas têm apostado no capital humano. Este é o assunto que será debatido no seminário A diferença que o talento faz, que acontece a partir das 9h desta quarta-feira (9), dentro da programação do Fórum Agenda Bahia. O evento é realizado no auditório da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep.

O seminário começa debatendo como o propósito pode mudar as corporações, com o empreendedor Marcos Caetano, que tem experiência no setor econômico e digital. Em seguida, será possível descobrir como a baiana Lorrana Scarpioni conseguiu levar sua empresa de intercâmbio, a Bliive, para quase 100 países e entrar para a lista, divulgada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos 10 brasileiros mais inovadores antes dos 35 anos.

Pela manhã, ainda será possível conhecer a história do tenor baiano que apostou em estudar fora do país e supera dificuldades. O evento será mediado pela jornalista Flávia Oliveira, colunista do jornal O Globo e comentarista de economia do canal GloboNews.
Às 14h, acontece uma oficina com três cases com estudantes e profissionais que deram os nomes no início dessa leitura. Eles são do Projeto Bioplástico do Sesi que vão detalhar o reconhecido projeto Ciência na Escola. Também há uma equipe do Senai Cimatec que vai explicar o processo de automação residencial através da metodologia Theoprax, desenvolvida pelo instituto Fraunhofer, na Alemanha, e executada na Bahia desde 2012. Além de debater a Inovação Científica com a Supervisora de Engenharia de Materiais da Ford, Cristiane Gonçalves, e a ex-bolsista do Inova Talentos, Alana Santos.

Para participar do evento, que fornece certificado, é necessário fazer uma pré-inscrição gratuita no site do evento (correio24horas.com.br/agendabahia). Ainda há vagas. Amanhã, haverá um outro seminário dentro da programação do Fórum Agenda Bahia: Diferencial em Tempo de Crise. O Fórum Agenda Bahia é uma realização do jornal CORREIO e da rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e Prefeitura de Salvador.


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Inovação e contrapartidas socioambientais são as principais preocupações das chamadas Empresas B http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/inovacao-e-contrapartidas-socioambientais-sao-as-principais-preocupacoes-das-chamadas-empresas-b/ Mon, 07 Nov 2016 10:39:29 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26654
NOTÍCIAS

Marcel Fukayama é um dos líderes empresariais mais inspiradores do Brasil. Ele não é contra o lucro, mas acredita que as empresas devem ter como objetivo gerar impactos socioambientais positivos na comunidade na qual está inserida

Alexandro Mota
alexandro.mota@redebahia.com.br

Marcel Fukayama já nasceu no mundo dos negócios como um empreendedor benfeitor e não consegue mais ver lucros separados de impactos sociais positivos. Ele é entusiasta de um movimento global em ascenção, segundo estudos da Aspen Network of Development Entrepreneurs (Ande). No Brasil, só este ano, as empresas de impacto movimentaram mais de US$ 186 milhões. Marcel é um dos palestrantes do seminário Diferencial em Tempos de Crise, do Fórum Agenda Bahia, amanhã, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). O Agenda Bahia é realizado pelo CORREIO e pela rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba, Fieb e Prefeitura de Salvador.

empresasb

A novidade do sistema B deve gerar confusões ou associações imprecisas com a ideia de filantropia. O que diferencia o modelo de negócio do setor privado do de setor social?
A principal diferença do que a gente propõe é acabar com aquele dilema de que é possível fazer a diferença e ganhar dinheiro. É possível você ter um negócio com propósito e ao mesmo tempo lucrativo. O que separava o segundo setor, que são as empresas, do setor social era a composição de um modelo de negócio puramente lucrativo e que buscava unicamente maximizar lucros. Enquanto isso o social não tinha um modelo de negócio sustentável e buscava maximizar o seu impacto. A gente defende convergir esses caminhos com empresas com mais propósito, mais transparência e mais responsabilidade.
Até por conta desse histórico que você cita há uma desconfiança das pessoas no sentido de ‘como assim ganhar dinheiro e fazer algo social?’. Você tem bons exemplos de quem conseguiu driblar essa desconfiança?
Hoje existem mais de duas mil empresas B certificadas em mais de cinco países e que são empresas com propósito. A gente pode falar desde pequenas e médias empresas – que hoje compõem cerca de 75% das B Corp no mundo – até empresas gigantes, como a Natura, a Ben & Jerry’s, que faz parte da Unilever, e a Kickstarter, que movimenta mais de 1 bilhão de dólares. São todas empresas que têm na sua essência resolver o problema socioambiental. Um exemplo bem prático aqui no Brasil é a recicladora Urbana (com sede em Jacareí, São Paulo). Ela tem foco no resíduo eletroeletrônico, que hoje é um dos maiores problemas do mundo, e reforça o conceito de economia circular, que ajuda a dar um destino e aumentar o ciclo de vida dos produtos.

Mesmo sem se tornar empresas benfeitoras, de que forma negócios, digamos, tradicionais, têm sido impactados por esse movimento?
Depois da certificação da Natura, que se tornou na época (2014) a maior empresa B do mundo e a primeira de capital aberto a se certificar, a gente percebeu uma onda muito positiva de grandes empresas. A própria Unilever tem utilizados praticas da Ben & Jerry’s, que fabrica sorvetes com toda uma prática de sustentabilidade, em direção a ser uma empresa com mais impacto positivo na sua cadeia de valor. A Danone, no Natal do ano passado, assinou um compromisso de em dez anos certificar a empresa global e as subsidiarias. O grupo Laureate, que é o maior grupo de educação do mundo, com mais de 4,4 bilhões de dólares de faturamento, se certificou recentemente como uma empresa B também. Chocolates Amma, que inclusive atua no sul da Bahia, seguiu o mesmo.

No geral, as empresas buscam sucesso nos negócios. O que pode ser considerado sucesso para uma empresa benfeitora e que pode ser usado para ajudar outras empresas, para além desses exemplos?
O principal objetivo global das empresas B é definir sucesso em negócios. E o que é sucesso? É construir uma sociedade mais inclusiva, que crie prosperidade compartilhada para todos. Isso significa ter visão de longo prazo e compartilhar valor, é uma lógica oposta ao que existe hoje, em que as empresas trabalham para o próximo trimestre, que é uma visão de curto prazo, e para o público alvo que é quase sempre o acionista.

Como o setor público pode contribuir para esses resultados? Não ter sua atividade reconhecida como filantrópica deve dificultar essa aproximação…
Com certeza, e por isso que nos Estados Unidos nós fizemos um esforço importante nos últimos anos. Lá, 33 estados reconheceram as B Corporation como um novo tipo legal de empresa e isso muda a história. Você pode proteger a missão do seu negócio, maximizar valor não apenas para o acionista ou para o investidor, mas para toda a sua cadeia. Além disso sua empresa pode ser mais transparente, divulgando anualmente um relatório de triplo impacto – não só econômico, mas também social e ambiental. A Itália passou recentemente a legislação de Sociedade de Benefícios, Porto Rico também passou, Chile, Colômbia e Argentina introduziram também no congresso legislações.

E aqui no Brasil?
Aqui a gente está trabalhando no Senado em um projeto que cria uma qualificação para sociedade de Benefício. Então, qualquer empresa, seja ela Limitada (Ltda), uma Sociedade Anônima (S.A), ou uma empresa de responsabilidade individual, pode adquirir essa qualificação e institucionalizar em seu documento de incorporação, seja no contrato social ou no estatuto, que ela é uma empresa que tem um propósito definido de gerar um benefício público. Isso vai institucionalizar o novo papel das empresas na sociedade, que é também dar lucros, mas principalmente ter impacto socioambiental positivo, além de serem poderosas fontes de distribuição de riqueza.

Você percebe no setor público alguma abertura para que esse projeto que você cita, ou outros, ter seguimento?
Ainda não temos abertura, estamos muito distantes disso. A lei de licitações, por exemplo, ela é muito ruim, ainda não prioriza empresas com impacto social e ambiental positivo, ao contrário, prioriza menor preço, seja qual for o impacto disso. A gente acredita que a partir do momento que se institucionalizar essa qualificação no Brasil, outros movimentos dentro do setor público podem acontecer. Como por exemplo uma evolução na lei de licitações que permita que o governo escolha seu fornecedor através de outras dimensões, considerando as externalidades positivas e negativas que toda empresa tem.

Qual o perfil do empreendedorismo social? Que tipo de negócio é mais frequente?
O perfil é bastante diverso. A gente tem hoje mais de 130 setores no mundo que compõem empresas B, tem uma infinidade de serviços, desde alimento, serviços, saúde, educação, consultoria, gestão… Agora o que a gente tem mais priorizado são empresas na área de bens de consumo, que acolhe empresas que têm relacionamentos mais próximos das pessoas e isso é importante para criarmos uma nova consciência sobre o consumo.

Em termos dos empreendedores e investidores, são a geração millenium?
É claro que as novas gerações cada vez mais querem que as suas carreiras tenham significado, gerem um bem social. Com relação aos investidores, é um perfil diverso do ponto de vista de idade, mas também muito orientada ao impacto. Hoje existe um segmento na área de investimento, que a gente chama de investimento de impacto, que em dez anos pode atingir 1 trilhão de dólares no mundo. Hoje existe mais de 10 milhões de dólares destinados a empresas B, que são fundos ou gestores de fundos que usam as nossas ferramentas de gestão de impacto para medir o impacto de seu portfólio de investimentos.

Você consegui fazer um movimento anormal no Comitê para a Democratização da Informática (CDI), expandindo do hemisfério sul para o hemisfério norte. Como foi esse caminho?
Eu deixei o CDI faz alguns meses, mas basicamente nos últimos sete anos me dediquei a essa que é uma organização pioneira no campo de empreendedorismo, empoderamento e inclusão digital, sendo nos últimos quatro anos na direção executiva global, em que grande parte da minha função foi trabalhar a expansão global do CDI, chegando a quinze países e se tornando uma rede internacional. Sim, o CDI se tornou um dos casos mais bem sucedidos de organização social que escalaram do sul para o norte. Hoje, a grande parte ainda é na América Latina, mas já chega nos EUA. Na Europa está em Portugal, Reino Unido, Leste Europeu e Espanha.

A saída do CDI tem a ver com a expansão do sistema B?
Sim, mais recentemente eu fiz um movimento de transição, fundando o Sistema B. Também fundei uma empresa que se chama Dínamo, que a gente investe e acelera startups que tenham impacto social, startups comprometidas em resolver problemas sociais em saúde, educação, habitação, inclusão financeira. Além disso, concilio o tempo com um mestrado no Reino Unido em administração pública.

Sua primeira empresa foi uma lan house, que hoje é um negócio que está desaparecendo, o que você via de potencial naquela época no setor?
Eu criei uma das primeiras lan house de São Paulo, há mais de 15 anos. Foi uma grande febre e um grande canal para acesso à internet no Brasil por pelo menos dez anos. Eu tinha a convicção de que esse seria um dos principais meios de inclusão digital, alguns anos depois, isso se comprovou. Em 2007, o Comitê Gestor da Internet mostrou que metade do acesso no país era em lan house. Naquela época fundei associações para influenciar políticas públicas e São Paulo foi a primeira capital a reconhecer lan house como negócio, de pois o estado de São Paulo, revogamos a legislação restritiva no Rio de Janeiro e aprovamos na Câmara de Deputados, em 2011, uma lei que reconhecia como centro de interesse público, mas parou no Senado. O setor praticamente desapareceu, hoje ele é muito pouco relevante, justamente por causa do crescimento da banda larga móvel e da popularização dos smartphones. Encaro isso como um movimento natural de evolução.

Você já chegou a ser considerado pela Forbes Brasil um dos 30 brasileiros que estaria “reinventando o país”. O seu histórico pessoal mostra isso, inclusive com o acompanhamento que fez de seu pai na reinvenção do negócio dele, de reparos de máquina de datilografar para a era digital. Hoje, estamos em um cenário de crise. O que você aprendeu sobre e como é que se pode transformar dificuldades em oportunidades?
Precisamos pensar, literalmente, fora da caixa. Precisamos não só inovar em um produto, em um serviço, ou em um processo, mas inovar em modelos de negócio. Isso exige do empreendedor algumas características como visão sistêmica, orientação a resultado, capacidade de mobilizar e articular recursos, construção de rede e principalmente resiliência, já que é muito fácil desistir diante das adversidades. Hoje há um oceano de oportunidades para quem quer criar novos negócios. Há dez anos não havia Airbnb, para alugar um quarto ou hotel era um custo de transação altíssimo. Então, é pensar em como criar mercados e necessidades existentes. Essa é a nova lógica de atuação em momentos de crise.

Como preparar os jovens para atuarem nesses novos mercados de tecnologias emergentes, nesses novos empregos?
O desenvolvimento do jovem está muito ligado a vivências. Não acredito que a gente vai formar novas lideranças – sejam elas empreendedoras, executivas ou força de trabalho – na sala de aula. Eu não acredito na pura educação formal que existe hoje, não só no Brasil, mas em todo mundo. É a perfeita crise de um ambiente do século 19, com professores do século 20 e jovens do século 21. Óbvio que não vai dar certo. Acredito que a gente precisa pensar em uma educação integral, com formação não só com habilidades técnicas, mas também formar o indivíduo nos seus aspectos sócio-emocionais. Pensar a empatia, a capacidade de resolver problemas. São competências que a educação de base não vai formar, as escolas de negócio não vão formar e que só a vida e as experiências vão ser capazes de conduzir.


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