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Coordenadores da Garupa ensinam em workshop a criar projetos de turismo sustentável e comunitário
A ideia é proporcionar um novo jeito de viajar
Thais Borges
thais.borges@redebahia.com.br
Que o turismo mudou, não é novidade. Que as novas tecnologias e as mídias sociais têm revolucionado a forma como as pessoas viajam, é ainda mais sabido. Mas, afinal, qual é a melhor forma de desenvolver um projeto de turismo diferente – de “experiência” – usando esses novos recursos?
Para os coordenadores da Garupa, plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) para turismo sustentável e de base comunitária, a resposta está na ponta da língua, mas exige trabalho e planejamento. É esse tipo de ajuda que a Garupa oferece aos projetos apoiados.
“A grande palavra hoje é a experiência. Aquele produto turístico pasteurizado está ficando para trás. As pessoas estão procurando cada vez mais experiência, ver o que as moradores fazem ali, onde tomam café, onde compram pão”, disse o coordenador de campanhas da Garupa, Eduardo Cordeiro, durante o workshop que ministrou, com a colega Paula Arantes, no segundo seminário do Fórum Agenda Bahia.
Segundo Paula, que é coordenadora de projetos do portal, a Garupa não tem meta de campanhas. “Nossa meta é trazer mais gente para se aproveitar dessa oportunidade”.

Depois da palestra, Paula e Edu interagiram coma plateia, tirando dúvidas no workshop do Agenda Bahia
Construir o projeto
O primeiro passo é até meio óbvio: é preciso ter uma ideia. Só que não é qualquer projeto que pode ser apoiado pela Garupa. Um dos critérios é ser uma experiência turística que contribua com a natureza, a cultura e a comunidade. Em seguida, tem que estruturá-lo, identificando quais são as melhores formas de tornar aquele projeto possível.
No terceiro momento, é preciso planejar e identificar uma “rede” de apoio ao projeto. Isso vai desde encontrar amigos e parentes dispostos a doar até celebridades e pessoas da própria comunidade que será ajudada. Para completar, eles recomendam que os criadores da campanha listem todos os meios de comunicação que poderiam fazer a divulgação.
“Agora, o que a gente vê de mais importante da história toda não é captar o recurso, mas a visibilidade que o projeto vai ter. Todo mundo se sente parte daquela história”, comentou Paula. Segundo eles, em três anos, a Garupa já apoiou 11 projetos – inclusive um em Maraú, na Bahia. Nesse, a meta de doações chegou a 54 mil – o dobro do esperado.
Paula Arantes e Eduardo Cordeiro fizeram primeiro uma palestra juntos e depois dividiram a plateia em grupos para que os projetos pudessem ser melhor trabalhados.
Plateia sugere novos projetos na Bahia
Uma das novidades do Fórum Agenda Bahia deste ano é a chance de participar de oficinas e workshops com os palestrantes de cada seminário. Dessa vez, uma delas foi justamente a do uso de crowdfunding e mídias sociais para desenvolver projetos de turismo sustentável, ministrada pelos coordenadores da Garupa, Paula Arantes e Eduardo Cordeiro.
Após a dupla ter mostrado o passo a passo para criar um projeto que poderia ser apoiado pela Garupa, os participantes se dividiram em pequenos grupos. A tarefa era, em poucos minutos, colocar o que aprenderam em prática: encontrar um projeto que beneficiasse uma comunidade, com foco no turismo sustentável e que pudesse ser apoiado por crowdfunding.
Um dos projetos foi o do grupo da turismóloga Kika Carvalho: a revitalização de uma rota de turismo comunitário e cultural no Curuzu. “A proposta de envolver a comunidade é interessante, porque, se a comunidade não se envolve, não tem turismo. O turista pode visitar um terreiro, faz oficina de pintura, de trança, etc”.
Já o grupo do turismólogo Paulo Azevedo propôs a criação de um museu a céu aberto na aldeia hippie de Arembepe, praia de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Apesar de ser só um exercício, ele diz que quer que a ideia saia do papel.
“Muita gente pensa em boas formas de intervir na sociedade, mas faltam caminhos de transformar isso em realidade e a oficina foi bem útil por isso. A gente já tem uma boa relação com a aldeia de Arembepe e quer levar isso em frente”, disse.
A diversidade das propostas agradou aos palestrantes. “As ideias foram surpreendentes. A gente não imaginava tantos temas e casos reais interessantes”, disse Paula.
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