Geral | Fórum Agenda Bahia 2016 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia Economia + Forte Mon, 07 Aug 2017 18:03:55 +0000 pt-BR hourly 1 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/wp-content/uploads/2016/06/cropped-logo512-1-32x32.png Geral | Fórum Agenda Bahia 2016 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia 32 32 Bahia é destaque em pesquisas de produção de tecnologia para a saúde http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/bahia-e-destaque-em-pesquisas-em-producao-de-tecnologia-para-a-saude/ Mon, 14 Nov 2016 17:06:47 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26711

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Desde que foi fundado em 2012, o Parque Tecnológico já abrigou 38 empresas na incubadora Áity (palavra derivada do tupi-guarani, que significa “ninho”). Hoje são 21 startups instaladas ou em processo de instalação – incluindo as que foram aprovadas no último edital.

“Trabalhar com inovação tende a ser a forma de mudar o paradigma do país e impulsionar a economia baiana”, afirma o coordenador da Áity, Antônio Avelino Rocha. Ele lembra que grandes empresas mundiais da atualidade, como Uber e Netflix, já foram empresas incubadas em outros parques de inovação pelo mundo.

Há ainda outras 100 empresas que demonstram interesse em entrar no parque e fazem parte de uma lista. “Não podemos chamar de ‘lista de espera’ já que o modelo de entrada no parque se dá apenas por meio de chamada pública. Mas é um número significativo de interessados em busca de um novo modelo de negócio, fora outras startups que não conhecem ou não passarão, necessariamente, pela Áity”, analisa o coordenador.

O Parque Tecnológico da Bahia tem, atualmente, 400 colaboradores – sendo 135 somente na incubadora de empresas. “Em 2012 eram 21 empregos diretos na Áity. Então, a gente vê um crescimento claro da economia com a geração desses empregos”, ressalta Rocha.

Dentro do parque há um Polo de Inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) que trabalha exclusivamente com produção de tecnologia voltada para a área de saúde. O polo é credenciado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e é o único laboratório certificado pelo Inmetro para a realização de ensaios de segurança em vestimentas de proteção radiológica.

“Isso significa que qualquer fabricante do Brasil que vá vender esses itens no mercado nacional precisa passar por uma verificação conosco”, detalha o diretor do polo, Anderson Leite. Ele explica que um exemplo destas “vestimentas” são aqueles aventais de chumbo que o paciente usa como proteção sempre que vai fazer um exame de raio X. “Por esse motivo, recebemos empresários de todo o país. Isso dá visibilidade ao nosso parque tecnológico e ao trabalho que fazemos aqui”.

Outra instituição que também está investindo em pesquisa e inovação dentro do Parque Tecnológico é a Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a fundação alemã Fraunhofer. De acordo com o pró-reitor de pesquisa da UFBA, Olival Freire Junior, um novo projeto que já está para ser iniciado é a Certificação para Células Fotovotáicas. “As energias renováveis são um agente de futuro na matriz energética e na economia baiana. E além de desenvolver tecnologia, a gente contribui para a formação de pessoal porque nesse laboratório vamos ter alunos de mestrado, doutorado e iniciação científica”.


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Turismo no mundo digital: veja como foi o segundo seminário do Fórum Agenda Bahia 2016 http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/turismo-no-mundo-digital-veja-como-foi-o-segundo-seminario-do-forum-agenda-bahia-2016/ Tue, 27 Sep 2016 16:55:44 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26381
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Venda de produtos turísticos para grupos segmentados cresce na contramão da crise http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/venda-de-produtos-turisticos-para-grupos-segmentados-cresce-na-contramao-da-crise/ Mon, 19 Sep 2016 15:59:54 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26301

NOTÍCIAS

Cada vez mais são usados instrumentos digitais, como sites e aplicativos, para intermediar a relação entre agentes e viajantes

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

Conhecer lugares do Brasil e do mundo é o sonho de muita gente, mas grande parte das pessoas só tem tempo e dinheiro para botar o pé na estrada depois que se aposenta. Este é um dos motivos pelos quais o mercado especializado no turismo para a terceira idade só cresce – entre 2011 e 2015 aumentou 11%, sendo 18 milhões de viagens somente em 2015, de acordo com o Ministério do Turismo (MTur).

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Grupo da Pastore Turismo, especializada em pacotes para idosos: comunicação com clientes por e-mail

 

Para os próximos meses, a expectativa continua em alta. Isso porque a Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem de agosto, realizada pelo MTur em parceria com a Fundação Getulio Vargas, apontou que 68,6% dos idosos pretendem viajar no recesso e férias de Verão para destinos nacionais – contra 62,9% no último ano.

Boa notícia para os empresários do setor, que investem na expertise para conquistar a turma com mais de 60 anos. É o caso de Maurício Pastore, diretor da Pastore Turismo, com sede em São Paulo. Há 30 anos no ramo, ele começou a trabalhar com grupos da melhor idade há 10 e logo sentiu a diferença no volume de vendas. “Há 10 anos, as viagens para a terceira idade representavam apenas 10% do meu movimento. Hoje é 100%”, destaca.

Segundo o proprietário da agência, esse é um público fiel e 50% dos clientes viajam pelo menos três vezes por ano. “Mas é também um nicho muito exigente. Eles não confiam em qualquer pessoa. A indicação dos amigos é o que mais traz esse tipo de cliente para nossa agência”, afirma Maurício e garante que é um mercado difícil de entrar, embora seja promissor. “É um nicho muito fechado, mas depois que você entra, se fizer um serviço bem feito, fica para sempre”, completa.

A Pastore Turismo adota alguns cuidados especiais em relação ao público desse segmento, como a escolha dos passeios conforme a possibilidade de locomoção das pessoas idosas e acompanhamento de agentes em cada grupo de viagem. “Eles são muito carentes, então tem que acompanhar, conversar muito. Para eles, isso é mais importante que o preço da viagem. Mas não faço por obrigação, é o que gosto de fazer”.

Nada de ficar no sofá
Foi esse acolhimento que fez com que a aposentada Neide Carelli, 75 anos, ganhasse confiança para voar mais alto. À frente de um grupo de quase 80 pessoas da melhor idade, ela organizava passeios próximos a São Paulo. Depois de conhecer a Pastore Turismo, já viajou com as amigas para destinos nacionais e internacionais. Só este ano, foram para Ouro Preto (MG), Itália e Portugal. Agora planejam a próxima aventura, que será nas Ilhas Gregas, no ano que vem. “Nada de ficar no sofá, a gente ainda tem muito o que viver”, diz sorridente.

“A maioria das ‘meninas’ do grupo é viúva ou separada e não quer ficar amolando a família. É melhor viajar com gente da nossa idade, porque os assuntos são os mesmos, a gente se diverte, come bem, é tudo de bom. A gente passa a ver a vida diferente”, complementa.

turismoreligioso2

Já a Catedral aposta no turismo religioso; em viagem recente o grupo conheceu os jardins do Vaticano

Viagem pela internet 
Engana-se quem pensa que os turistas com uma certa idade ainda trocam cartas com os agentes. De acordo com Maurício Pastore, essa prática vem mudando nos últimos dois anos, quando passou a ousar na comunicação via internet com seu público, mesmo sabendo das dificuldades da maioria. “O mundo digital é uma realidade sem volta, ou as agências se adaptam ou vão ficar de fora do mercado”.

Na Pastore Turismo, quase toda a comunicação que era feita por meio de aviso escrito e enviado pelos Correios, agora é realizada via e-mail. “Já para divulgar nosso trabalho, funciona mais o Facebook, que a maioria das senhorinhas já começou a dominar”.

Roteiro abençoado
A segmentação dos serviços também foi a aposta de Leila Farias, da Catedral Viagens – especializada em turismo religioso – para alavancar os negócios. “Acredito muito na segmentação, tenho o know-how na área e ajudo meus clientes no que eles querem. Você se especializa nisso e oferece um serviço diferenciado”, observa.

Antes de se tornar franqueada da Catedral Viagens, ela trabalhava há 17 anos na área financeira de uma empresa e tinha a ideia de montar um negócio, mas ainda não sabia qual. Há um ano, a agente de viagem, que também se considera uma romeira e católica ativa, fez uma visita a Aparecida (SP) e conheceu o dono da operadora paulista. “O Claudemir, dono da Catedral em Campinas, queria alguém em Salvador, mas queria uma pessoa ligada à igreja. Então essa oportunidade veio no momento certo, eu atribuo à providência divina”.

De acordo com Leila, os grupos de viagens religiosas têm integrantes de todas as idades, desde adolescentes de 17 anos, adultos de 30 ou 40, até uma idosa de 79 anos. “Centenas de pessoas viajam anualmente por motivos religiosos para vários destinos nacionais e internacionais”, destaca. Entre os destinos mais procurados, segundo Leila, no Brasil estão Fátima e Aparecida, enquanto entre os internacionais despontam Roma e Terra Santa.

O Turismo no Mundo Digital é o tema do Fórum Agenda Bahia de terça-feira (20). O evento é realizado pelo CORREIO e pela rádio CBN, em parceria com Braskem, Coelba e Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

Turismo LGBT cresce 10% por ano

O público composto por lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) representa 10% dos viajantes no mundo e movimenta 15% do faturamento do setor, segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT). Enquanto o mercado mundial cresce 3,8% ao ano, o segmento avança a 10,3%. O Brasil é um dos países mais procurados na América do Sul pelos turistas desse nicho pela realização de mais de 180 Paradas LGBTs por ano, além de festas como o Carnaval.

Apesar disso, faltam serviços especializados para este segmento. É o que afirma Fernando Sandes, idealizador do site Viajay. “Sempre fui apaixonado por viagens e quando fui para Buenos Aires procurei informações sobre baladas LGBT, mas não achei muita coisa. Foi aí que percebi que não existia nenhuma plataforma especializada no Brasil e em outros lugares com informações para esse público sobre os melhores lugares, os hotéis, baladas, passeios e outras opções no destino escolhido”, revela Sandes, que já atuava no mercado de startups, sobre a ideia para o novo negócio.

O Viajay (www.viajay.com.br) é uma plataforma digital que funciona como uma espécie de guia de turismo LGBT. “A ideia é indicar o lugar ideal, mostrar fotos, apontar onde fica, como chegar, quanto você vai gastar. São informações não só da cidade, como já é feito pelos guias tradicionais, mas das baladas e bares, por exemplo. É algo com cara de rede social”, descreve Fernando.

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Fernando Sandes: criador do site Viajay voltado ao público LGBT

Para ele, a proposta surgiu não apenas de uma necessidade pessoal, mas da percepção de que pode ser um excelente negócio. “Já existem hotéis que estão pagando para ser considerados gay friendly (sem preconceito com o público LGBT)”.

Além de guia, o Viajay deve ser tornar, em breve, uma agência digital. “Vamos lançar o site em inglês e em um futuro próximo vamos criar uma rede para oferecer hospedagem”, adianta. “A gente está estudando muito para conhecer nosso cliente e prestar um serviço de qualidade. Sabemos que é um turista que gosta muito de viajar – viaja quatro vezes mais que o turista heterossexual – e gasta 30% a mais que o hetero no destino”, completa Fernando Sandes.

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Internet muda jeito do turista programar viagens e roteiros são feitos até pelo celular http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/internet-muda-jeito-do-turista-programar-viagens-e-roteiros-sao-feitos-ate-pelo-celular/ Fri, 16 Sep 2016 16:48:55 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26279
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Thais Borges
thais.borges@redebahia.com.br

Na hora de planejar as férias, a visita à sede da agência de viagens era tradição na casa da estudante baiana de Fisioterapia Layla Cupertino, 24 anos. Lá, um consultor sugeria o roteiro da família. E foi assim até seu primeiro intercâmbio, em 2011, para Londres, na Inglaterra. Hoje, a lembrança de como programou aqueles seis meses parece vir até com cheiro de naftalina — aquele bem típico de “coisa velha”.

A universitária Layla Cupertino, 24, planeja todos os detalhes de suas viagens via internet: da escolha dos destinos até a compra de passagens (Foto: Arisson Marinho)

A universitária Layla Cupertino, 24, planeja todos os detalhes de suas viagens via internet: da escolha dos destinos até a compra de passagens (Foto: Arisson Marinho)

“Desde esse tempo na Inglaterra, comecei a organizar minhas próprias viagens por lá. Via hostel, passagem de avião, procurava as coisas mais baratas em todos os sites. Desde então, nunca mais fui por agência. Nem eu, nem meus pais”, lembra.
Layla faz parte do grupo de jovens com idades entre 16 e 30 anos — aqueles que, segundo a Organização Mundial do Turismo, compõem a faixa etária que mais cresce no mercado de compra de viagens. Segundo o Sebrae, 52% deles compram viagens por tablets ou smartphones.

Além disso, o percentual aumenta a cada ano. Só para ter uma ideia, a projeção, em 2014, era de que o número de brasileiros que compram viagens online passasse de 14,4 milhões em 2010 para 31,6 milhões — um crescimento de 120% entre as pessoas que usam sites como o Decolar, Expedia, Booking, Trivago… Sem sair de casa — mas com acesso à internet e um computador, tablet ou smartphone à disposição —, definem o próximo destino em minutos.

Quem vem para o Brasil também chega graças aos mesmos meios. Segundo o Anuário Turístico 2016, publicado pelo Ministério do Turismo, 44% dos estrangeiros que visitaram o país em 2015 usaram a internet como principal fonte de consulta. Em 2011, esse índice era de 32,1%.

Diante de um cenário que deve movimentar até US$ 817 bilhões até 2020, até agências tradicionais estão investindo na área. No ano passado, a CVC comprou a B2W Viagens e Turismo, que detém a marca Submarino Viagens, por R$ 80 milhões. Já este ano, a CVC ainda anunciou a contratação do ex-presidente da Decolar Alípio Camanzano.

Revolução da internet
Pensar que isso é tão natural quanto é hoje talvez diminua a dimensão do impacto da mudança. Mas, na verdade, as primeiras empresas de turismo digital surgiram com os primeiros passos da internet. É o caso do Expedia.com, fundada em 1996 pela Microsoft — três anos depois, tornou-se independente.

“O mundo começou a ficar pequeno, porque a tecnologia trouxe o mundo rápido para todo mundo. Então, por que não comprar uma passagem para qualquer lugar do mundo, já que ele ficou pequeno?”, reflete o gerente de marketing do Expedia para a América Latina, Fernando Botelho.

Foi a partir desse conceito que as empresas começaram a trazer hotéis, parceiros e empresas aéreas para dentro de um único lugar — um portal onde o cliente pudesse criar sua viagem da forma que preferisse. “Isso dá total poder ao consumidor. O negócio foi se desenvolvendo e é por isso que a Expedia acabou trabalhando forte na tecnologia e na compra de empresas”, complementa Botelho, que é um dos palestrantes do próximo seminário do Fórum Agenda Bahia, no dia 20 (veja ao lado). Só no ano passado, a empresa investiu US$ 800 milhões em soluções tecnológicas.

Ter o poder de decidir tudo sobre a própria viagem e contar com praticidade e a possibilidade de encontrar preços mais em conta, são os principais atrativos para a estudante Layla, que virou organizadora oficial das incursões familiares. “Por mais que eu confie numa agência, que é mais cômodo, assim tenho mais controle. Depois que aprendi a fazer, me sinto mais segura porque investiguei tudo sobre hotel, voo, se tem como cancelar. Olho passeios diretamente…”, cita a estudante.

Avaliação
As referências em sites como TripAdvisor, Booking e Hostelworld são tão importantes que ela diz já ter deixado de ficar em lugares devido às más avaliações de outros hóspedes. “E também existe muito blog, que ou não tinha antigamente ou eu não sabia que existia. Hoje, você fala o lugar que quer ir e aparecem mil pessoas que foram e estão dando dicas”, diz.

De acordo com a porta-voz do TripAdvisor no Brasil, Claudia Martinelli, é bem isso que acontece: cada vez mais, viajantes priorizam a pesquisa e a opinião dos outros usuários. Segundo ela, um estudo realizado pela PhoCusWright’s para o TripAdvisor em dezembro de 2013 indicou que mais da metade dos turistas não toma uma decisão sem ler as avaliações de outras pessoas.

“Cerca de 50% dos usuários acessam o TripAdvisor por meio de aplicativos e dispositivos móveis, e boa parte deles utiliza os smartphones para planejar a estadia, refeições e atividades enquanto viaja. Por isso, acreditamos que o mercado de turismo deve investir cada vez mais na presença on-line, integrando as plataformas mobile na estratégia de marketing, além de tornar as informações mais acessíveis aos viajantes”.

Pagando menos
Uma das principais vantagens de planejar a própria viagem é a possibilidade de pagar barato. Por isso, portais, como o Melhor Embarque, lançado em abril do ano passado, também têm atraído os cliques dos viajantes. Como explica o CEO do Melhor Embarque, Tarik Lemes, além de trazer informações e textos sobre os destinos turísticos, o portal é uma espécie de curador que recebe 130 mil visitantes únicos por mês. Lá, todos os dias, são divulgadas passagens, opções de hospedagem e pacotes com preços promocionais.

“Temos uma newsletter diária e mandamos cedo, porque, quanto mais cedo a gente consegue mostrar às pessoas, mais elas aproveitam as promoções, no caso das passagens. Você deixa seu e-mail no site e todo dia recebe o alerta com o resumo do que a gente achou de melhor”. De acordo com ele, 80% dos usuários do site compram itens separadamente, seja um voo ou um local de hospedagem. Assim, podem construir a viagem com a própria cara.

Os baianos marcam presença na audiência que, segundo Lemes, tem crescido. “Na busca comercial, tive acesso a algumas empresas aéreas fora do eixo Rio-São Paulo que escolheram estar na Bahia e não por uma falta de espaço no eixo. Por isso, a gente tem tentado buscar mais e mais promoções que saiam da Bahia e também de Fortaleza, Natal, que também são fortes”.

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Economia compartilhada é tendência de novos produtos
No contexto de pagar menos por uma boa experiência de turismo e lazer, uma tendência tem despontado: a economia compartilhada, que tem o Airbnb e a Uber como alguns de seus maiores ícones. No caso do Airbnb, qualquer pessoa pode alugar sua casa — ou um quarto vazio — para um turista. Inspirado na startup americana, o empresário brasileiro Flávio Estevam criou o “Airbnb de jantares”, o Dinneer, no ano passado.

“A proposta no Brasil é a experiência gastronômica. Para quem está fora do Brasil, o foco é nas comidas brasileiras para outros brasileiros, que estão com saudade de casa, do acarajé”, diz ele. Assim, um turista pode chegar na cidade que está visitando e decidir ter um almoço ou jantar caseiro, típico da rotina de quem mora ali. O serviço funciona em 26 países. “Temos um restaurante com três mil mesas, mas não compramos nenhuma mesa. Nossa missão é nos tornarmos o maior restaurante do mundo sem ter um restaurante”.

Também graças à internet, quem viaja tem alternativas como o crowdfunding para turismo sustentável da Garupa, que beneficia projetos que juntem a experiência turística com uma ação social no local visitado. “Tem que ter um compromisso com a sustentabilidade e demonstrar que o projeto gera benefício para as pessoas lá”, opina. Na Bahia, a Garupa já apoiou projetos em Lençóis, no Centro-Sul do estado, e em Maraú, no Sul.

Serviços online não decretam extinção das agências físicas
Apesar das novas possibilidades, não dá para dizer que as agências físicas vão deixar de existir, na opinião de representantes da área. Para o gerente de marketing do Expedia para América Latina, Fernando Botelho, há espaço para todos os tipos de serviço. “Nós não somos os donos da decisão do consumidor. E isso é o legal do mercado, porque ele pode optar pelos canais que ele se sente melhor”, argumenta ele.

A porta-voz do TripAdvisor no Brasil, Cláudia Martinelli, compartilha desse pensamento. “O mercado de turismo é amplo e acredito que tenha espaço para todos os players”. Já o CEO do Melhor Embarque, Tarik Lemes, destacou que, embora acredite que as agências não venham acabar, elas devem diminuir. “Não sei qual vai ser a tendência do mercado, mas cada vez mais vai ter uma participação maior do público jovem, que nasce conectado”.

 Evento discutirá a influência da internet no setor turístico
A revolução que a internet vem promovendo no turismo e em seu modelo de negócio será o tema do segundo seminário do Fórum Agenda Bahia, promovido pelo CORREIO e pela rádio CBN. Em sua sétima edição, o evento conta com quatro seminários para discutir a Economia Mais Forte. Depois de debater Bahia Mais Competitiva, em agosto, será a vez de falar sobre o Turismo no Mundo Digital, na terça, dia 20.

Este ano, o evento tem novo formato: no lugar de palestras e debates durante o dia, os espectadores — que podem se inscrever, de graça, no site, mas com vagas limitadas — assistirão a talk shows pela manhã e participarão de oficinas e painéis, à tarde. No primeiro talk show, às 9h, o gerente de marketing do Expedia na América Latina, Fernando Botelho, vai falar sobre como a tecnologia vai ditar o crescimento das empresas de turismo. Logo em seguida, o diretor da Eletronic Sports League (ESL, a maior empresa de esportes eletrônicos do mundo) do Brasil, Moacyr Junior, vai apresentar como as competições de games movimentam milhões ao redor do planeta. O último talk show será sobre Turismo LGBT, com o fundador do site Viajay, uma plataforma de entretenimento e turismo LGBT que funciona como um guia em oito cidades brasileiras e quatro estrangeiras. Ao final da manhã, os três convidados participam de um painel.

À tarde, o debate será sobre as agências de viagens na era digital, com a presença do secretário estadual do Turismo, José Alves, do sócio-diretor da Intelligent Leisure Solutions Group, Robert Phillips, e da diretora da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) da Bahia, Renata Prosérpio. Ainda há um painel sobre realidade virtual com a coordenadora de marketing da Rilix (empresa especializada no setor), Caroline Milani, e uma oficina sobre crowdfunding e turismo, com representantes do site Garupa,
Paula Arantes e Eduardo Cordeiro.


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Próximo seminário: Mundo Digital no Turismo http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/proximo-seminario-mundo-digital-no-turismo/ Thu, 08 Sep 2016 20:00:11 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26243

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Mundo Digital no Turismo será o próximo seminário do Fórum Agenda Bahia. Acontece no dia 20 de setembro. O modelo de negócio do Turismo foi duramente afetado.

Os visitantes passaram a planejar por conta própria suas férias e a indicar – e também reprovar – destinos e estabelecimentos com apenas um clique, em rede mundial. O Fórum Agenda Bahia reúne em Salvador quem está no comando do mundo digital para debater novas oportunidades no Turismo.

Para participar, basta se inscrever no site. O Fórum é realização do CORREIO e da rádio CBN, em parceria com a Braskem, Coelba, Fieb e governo do estado.


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Jovens empresários debatem novos caminhos para aproveitar o melhor da Geração Y na Bahia http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/jovens-empresarios-debatem-novos-caminhos-para-aproveitar-o-melhor-da-geracao-y-na-bahia/ Thu, 08 Sep 2016 19:55:48 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26240

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Alexandro Mota
alexandro.mota@redebahia.com.br

Para encontrar um novo funcionário, as empresas analisam experiências profissionais, idiomas, especializações e postura. E para achar um talento, como fazer? O empresário Rodrigo Paolilo está à frente de três negócios, um deles em um espaço colaborativo para empreendedores que usam o conceito de aceleração de start-ups. Para responder à pergunta, ele aposta em atributos que não cabem em currículos. “Observo brilho nos olhos, propósito, engajamento, valores pessoais e, obviamente, resultados”.

A chamada Geração Y, uma turma com menos de 30 anos que na adolescência conviveu com o boom das redes digitais e hoje tem uma forma peculiar de se relacionar com a vida profissional, tem desafiado recrutadores que não sabem o que fazer com seus antigos scripts de processos seletivos e de trabalho. Esse debate tomou conta do Fórum Agenda Bahia, através do painel Jovens Talentos: O Desafio de Inspirar e Retê-los na Bahia.

jovenstalentos

No painel, mediado pela editora-chefe interina do CORREIO, Linda Bezerra(esq.), participaram os empresários Camila, Rodrigo, Eduardo e Gustavo

Além de Rodrigo, quem debateu no evento foi a sócia- fundadora da SER – Inovação Social e Sustentabilidade, Camila Godinho. Ela, que iniciou a carreira focando em políticas públicas internacionais, viajou o mundo, foi membro do Conselho Tunza do Programa da ONU para o Meio Ambiente e hoje decidiu regressar à Bahia para, por aqui, fazer a diferença. Camila foi recentemente surpreendida na sugestiva região baiana da Costa do Descobrimento, na cidade de Santa Cruz Cabrália. “Fomos buscar jovens talentos empreendedores e nos deparamos, naquela região, com quatro meninas, 14 anos, que apresentaram um projeto. Ficamos em dúvida, buscamos autorização dos pais, e acabou que elas foram o destaque do projeto”, lembra.

Camila contou que o grupo mapeou a produção dos agricultores familiares da região e desenvolveu um aplicativo para interessados na compra de produtos orgânicos. Em bicicletas, as garotas faziam a ponte entre os agricultores e consumidores. A ação cresceu e elas já até comercializam o aplicativo. Moral da história? “O talento, às vezes, não está onde a gente está procurando, ele aparece”, resume Camila.

A atual geração de criativos busca desafios, missões e recompensas e por isso tem até quem a chame de “os jogadores”. Um estudo do ano passado da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) apontou que a Geração Y não prioriza ambientes de trabalho positivos e relação com os colegas como seus antecessores, a Geração X. De acordo com a pesquisa, salário (47%), perspectiva de crescimento (42%) e oportunidades de desenvolvimento(41%) são o que esperam ter para não mudar rapidamente de emprego.

Outros mercados
Depois de sair de estagiário a sócio de uma empresa de tecnologia da informação e marketing digital no estado, o consultor empresarial Eduardo Daltro partiu para o Sudeste. “São Paulo é uma porta da América Latina. Minha carreira foi toda desenvolvida na Bahia, mas o mercado baiano não me alimentava mais”, justifica.

Rodrigo, que tem 33 anos e desde 2009 é sócio, em Salvador, da franquia de restaurante Mariposa, fez o caminho inverso. “Eu achava que precisava ter uma experiência executiva para ser melhor empreendedor, mas sempre pensei em retornar para onde nasci, para perto de meus amigos e para ajudar a Bahia que tem muitas carências”, conta.

O caminho dele é parecido com o do administrador Gustavo Barbosa, que após prestar consultoria para empresas como Pão de Açúcar, Vale e Petrobras, criou, aos 29 anos, uma empresa em uma área estratégica para o crescimento da economia, a Smart Flows – Consultoria de Logística, Comércio Exterior e Gestão.

Incentivos
A plateia de poucos cabelos grisalhos do painel ouviu uma série de dicas sobre como reter talentos. “Tem que entender o que o jovem busca: alguns estão buscando uma jornada mais flexível, outros conhecimento, remuneração… Tenho trabalhado com a ideia de polivalência: um funcionário não faz a mesma coisa o tempo todo, ele reveza atividades saindo da monotonia”, exemplifica Gustavo.

O empresário baiano lista ainda ações motivacionais como feedbacks, programas de mentoring, metas bem definidas com a possibilidade de flexibilização da jornada de trabalho na empresa e planos de carreiras bem definidos. “Quando digo para o funcionário que para ele ser promovido precisa cumprir determinadas etapas, estou desafiando, deixando claro que só depende dele e evitando que se diga que foi por ser amigo do chefe”, acrescenta.

Eduardo Daltro sugere que as empresas estimulem o desenvolvimento de lideranças dentro das próprias corporações.

Alianças entre governo, academia e investidores
Manter no estado os jovens talentos não é, para os debatedores do Agenda Bahia, uma questão de cruzar os braços e esperar do governo. “Cabe ao governo pensar em benefício fiscais, facilidades de licença e outras formas de ajudar o empreendedor e do outro lado fica a vontade de ver a coisa acontecer”, opina Gustavo Barbosa.

Já Camila Godinho é do time que defende que a união faz a força. “É preciso mais investimentos do governo sim. Mas o que pode fazer a diferença é a aliança entre empresas, universidades com fundos de investimento, investidores anjos, incubadoras de empresas e instituição de fomento”, avalia.

Reforçando a ideia de Camila, Gustavo contou que teve uma experiência positiva quando aproximou sua empresa de cursos técnicos. “É uma forma de resolver as dificuldades que as empresas têm de qualificar seus profissionais e das instituições de ensino de prática. Fizemos uma parceria com o Senai-Cimatec que está evoluindo”, afirmou.

Tudo isso exige, para Eduardo Daltro, uma mudança cultural. “Essas novas gerações são muito individualistas. Como baiano, critico que aqui as pessoas são pouco associativistas e temos que aprender que o associativismo move montanhas e temos que aprender isso”, acredita.


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Para gerar novos negócios, Bahia precisa contar com o envolvimento de empresários e políticos http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/para-gerar-novos-negocios-bahia-precisa-contar-com-o-envolvimento-de-empresarios-e-politicos/ Thu, 08 Sep 2016 19:08:43 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26234

NOTÍCIAS

Cidades baianas têm potenciais em diversos setores, como a indústria química, o agronegócio, a celulose e a cadeia de energias renováveis. Para gerar novos negócios, apontam especialistas, precisam contar com o envolvimento de empresários e políticos para desenvolver um planejamento de longo prazo

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

O sétimo estado mais rico do Brasil não tem um único setor como base da sua economia, mas uma diversidade de vocações que fazem da Bahia a detentora de um terço do PIB (soma de todas as riquezas) do Nordeste. E o potencial para crescer ainda mais é enorme, segundo o sócio-diretor da MaxiQuim Assessoria de Mercado, Luiz Zuñeda. “Basta investir naquela que já é a segunda indústria mais importante da Bahia e a base de todas as indústrias do mundo: a indústria química”, garante.

Mas as vocações não param por aí. Enquanto o mercado nacional sofre com o cenário econômico, a indústria florestal baiana desponta como a quarta maior exportadora do Brasil com faturamento da ordem de R$ 9 bilhões em 2015. “As pessoas me perguntam se o papel vai acabar. Eu digo que os países ricos desperdiçam papel, enquanto no restante do mundo falta”, afirma o presidente do Sindicato de Papel e Celulose da Bahia (Sindipacel), Jorge Cajazeira.

“Isso sem falar nas oportunidades que surgem se integrarmos as várias cadeias produtivas que o estado pode desenvolver para crescer mais”, complementa Luiz Zuñeda.

Cadeia global
O desafio, segundo o consultor, é pensar sob o aspecto global. Para ele, a indústria que está presente em tantas outras é a base fundamental para a indústria baiana crescer e deve ser ainda o canal pelo qual se dará a integração da produção brasileira e mundial. Ele cita ainda o quanto de química existe em outras indústrias, como as embalagens de alimentos, os componentes plásticos da automotiva, entre outros exemplos.

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“A primeira indústria química surgiu nos anos 1920 nos Estados Unidos. Em menos de um século, vejam o quanto cresceu”. Durante palestra no painel Vocações da Bahia: Diferencial Competitivo do Estado, no Fórum Agenda Bahia, Luiz Zuñeda apresentou como caso de sucesso a poderosa Samsung – empresa atualmente conhecida pelos produtos eletrônicos – que estabeleceu a base estratégica para seu crescimento futuro, ainda nos anos 1970, investindo na indústria química, por meio da Samsung Cheil Industries.
“A Samsung é um exemplo clássico de quem investiu na indústria química como a base das outras indústrias da marca”, disse o palestrante. “Imagine o que pode ser feito se você integrar várias outras produções, como a automotiva no Polo de Camaçari, a de papel e celulose no Sul do estado, e outras mais”, completa.

O político e o empresário
O sucesso, porém, não virá caso o Brasil pós-crise não aprenda a importância de duas figuras que, de acordo com Zuñeda, são protagonistas: o político e o empresário. “Não vamos crescer se não tiver um bom político e um bom empresário. O debate sobre um não se dá sem o outro”, ressalta.Para ele, a relação entre os dois precisa melhorar. “Não podemos ter medo de entrar nesse debate, senão as coisas não vão melhorar”.

]Como aliado nessa relação, ele destaca o planejamento. “Entidades e governos precisam ter um plano e fazer disso uma bíblia para o longo prazo, independente da troca de governo que é típica da democracia e sempre vai haver”, conclui.

Porto Sul
Jorge Cajazeira, que também vislumbra o crescimento econômico por meio das vocações que o estado já tem, destaca o caminho a ser seguido. “Os maiores entraves na Bahia ainda são estruturais. Se não melhorarmos isso não vamos conseguir atrair investimentos”, analisa.

De acordo com o presidente do Sindipacel, um dos maiores problemas é a questão portuária. “A Suzano Papel e Celulose, por exemplo, exporta pelo Porto de Vitória (Espírito Santo). Então, o projeto do Porto Sul é importantíssimo para escoar essa produção”. Outro ponto delicado quanto à infraestrutura são as rodovias. “Não entendo por que até hoje não foi privatizado o trecho entre Mucuri e Eunápolis. Precisamos que isso saia logo”, cobra Cajazeira.

Parceria público-privada
Ele acredita que as parcerias público-privadas sejam a saída para que as obras de infraestrutura saiam do papel. “Esse é o único caminho. O governo não tem dinheiro para resolver todas estas questões estruturais. Então, por que não viabilizar o Porto Sul por meio destes investimentos privados?”.

Investimento em infraestrutura, a diferença que faz
A região de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul próxima da divisa com São Paulo, está mudando a geografia da celulose no Brasil e tem muito a ensinar aos outros estados produtores dessa commodity. É o que afirma o presidente do Sindicato de Papel e Celulose da Bahia (Sindipacel), Jorge Cajazeira.

Em uma década, o estado construiu o parque industrial que abriga três gigantes do setor – a Fibria, maior fabricante de celulose do mundo, a subsidiária da americana International Paper e a Eldorado Brasil, do grupo JBS. “O resultado é que os investimentos por lá já passam de R$ 25 bilhões e o estado vai passar, em breve, a ser o segundo maior produtor mundial de celulose”, revela.

O segredo, segundo Jorge Cajazeira, foram os esforços do governo em incentivar o setor e garantir um licenciamento ambiental extremamente ágil e desburocratizado. “Eles foram receptivos ao setor e o estado criou meios para isso. Claro que a logística também ajuda, já que estão próximos ao Porto de Santos”.

Para o presidente do Sindipacel, a burocracia quanto ao licenciamento ambiental ainda é um entrave na Bahia. “Uma coisa é você derrubar árvore para plantar, isso eu não concordo, tem que ter todo um processo. Mas outra coisa é plantar em áreas degradadas, plantar em pastos, aí tem que facilitar o processo”, diz. E complementa ainda: “É claro que já houve avanços quanto ao licenciamento, mas a gente ainda pode melhorar muito. É isso que a Bahia precisa”.

Diferente de outros setores, a indústria da base florestal sentiu menos o período da crise brasileira. Isso porque, de acordo com Cajazeira, “80% da produção de celulose é exportada e o resto do mundo não está em crise”.

A produção industrial baiana detém números expressivos em relação ao Brasil – é responsável por 95% da produção de celulose solúvel, 3% da produção de papel e 17% da celulose nacional. Além disso, a Bahia é líder do Nordeste em exportações.

Sobre as mudanças necessárias para o país sair da recessão econômica e voltar a crescer, o presidente do Sindipacel é otimista.
“Temos esperança que o governo Temer faça o que prometeu que é reduzir o custo do estado e desonerar as empresas para que possamos investir e o país crescer, mas estamos vendo aí que é um caminho longo”, completa Jorge Cajazeira.


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O Agenda Bahia mudou e o público gostou; confira alterações http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/o-agenda-bahia-mudou-e-o-publico-gostou-confira-alteracoes/ Thu, 08 Sep 2016 18:45:21 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26227

NOTÍCIAS

Mais dinâmico, com maior interação do público, sem perder o foco na qualidade do debate. O fórum apostou nos talentos que fazem a diferença para enfrentar a crise na Bahia e no mundo

Thais Borges e Alexandro Mota
redacao@correio24horas.com.br

O formato do Fórum Agenda Bahia mudou: talk shows e painéis dinamizaram a forma de se comunicar com público, sem deixar de lado o foco do evento: a busca de soluções para o estado. “Qualquer produto, depois de sete anos, precisa ser inovado. E inovação hoje é o que move o mundo. O CORREIO e o Agenda Bahia são exemplos de que você precisa de constante transformação para que o público seja surpreendido com novidades e formatos diferenciados”, avalia Renata Correia, acionista e diretora-executiva do CORREIO.

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O público sentiu essa mudança e o dia se tornou curto. A primeira parte do seminário Bahia Mais Competitiva do Fórum Agenda Bahia mal tinha chegado ao fim e uma fila já se formava do lado de fora do auditório, diante de uma das salas onde estavam reunidos os palestrantes. Mais de 30 pessoas aguardavam ali para conversar com a dona de uma história inspiradora e um exemplo de determinação: a sócia-fundadora do Instituto Beleza Natural, Zica Assis – a carioca que já foi empregada doméstica.

Uma das pessoas que aguardavam para falar com a empresária era a jornalista Tereza Machado, 64 anos, que faz trabalhos sociais para resgatar a autoestima de mulheres. “Vou parabenizá-la. Acho que ela (Zica) é um exemplo. Daqui, posso levar muito da vida dela, da realidade, da força de vontade, além do tratamento com colaboradores e funcionários, que é um diferencial”, disse.

Outro que queria conversar com Zica foi o estudante Luca Venezia, 23, que está para se formar em Relações Internacionais. “Ela falou sobre a intenção de expandir (o Beleza Natural) internacionalmente. Queria conhecer e fazer uma proposta de ajudar nisso ou até numa expansão estratégica no resto do Brasil”, contou.

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Logo que acabou a palestra de Zica Assis, uma fila se formou. Integrantes da plateia queriam conversar com a empresária, que já foi considerada uma das mulheres mais poderosas do Brasil e ganhou diversos prêmios como empreendedora

Negócios
A troca entre palestrantes e debatedores com a plateia também aconteceu nos painéis da tarde, que este ano passaram a ser simultâneos, para públicos específicos e com temáticas diferentes em cada sala. Sócio da Smart Flows Logística e gerente de projetos da Columbia do Nordeste, Gustavo Barbosa conta que vislumbra parcerias que saíram do pós-evento.

“Um senhor que trabalha com questões fiscais para empresas me procurou e vamos nos reunir. Além disso, conheci um jovem que atua em outra consultoria que pode vir a ser um parceiro. Nos procuraram de empresário a estudantes”, lembra.

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Além do networking após as palestras, o novo formato do evento permitiu maior interação dos palestrantes com a plateia, durante o evento

O mesmo aconteceu com Rodrigo Paolilo, sócio de três empresas. “As pessoas que tinham um perfil mais empreendedor identificaram na gente que estava no debate uma oportunidade”, afirma. Rodrigo conta que entre os contatos estiveram possíveis fornecedores para o seu restaurante e até mesmo possíveis voluntários da organização que preside, a Junior Achivement Bahia. Camila Godinho, da SER – Inovaçao Social e Sustentabilidade, também conversou com várias pessoas e tem possibilidades de novas parcerias. Empresários solicitaram à Fieb as apresentações após as palestras.

A avaliação de Renata Correia é que a escolha dos palestrantes teve tudo a ver com o sucesso do evento. “Em um ano de crise, sem dúvida, soluções e cases de sucesso e caminhos para driblar o cenário atual econômico são de interesse direto da população e por isso tivemos painéis cheios e participativos”, afirmou.

Talentos
O Fórum Agenda Bahia apresentou os mais diversos perfis de palestrantes. A proposta principal deste ano foi apostar em pessoas. Pessoas que através do seu talento transformaram empresas, governos e pessoas. O Fórum Agenda Bahia é realizado pelo CORREIO e pela rádio CBN, com o apoio da Braskem, Coelba, Fieb e do governo do estado.


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Mulheres, mães e empresárias vencedoras contam como enfrentaram desafios para alcançar o sucesso http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/tres-mulheres-maes-e-empresarias-vencedoras-contam-como-enfrentaram-desafios-para-alcancar-o-sucesso/ Thu, 08 Sep 2016 18:22:42 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26216 Três mulheres, mães e empresárias vencedoras contam como enfrentaram desafios para alcançar o sucesso no setor de beleza, mesmo se deparando com negativas e portas fechadas

Thais Borges e Lucy Brandão Barreto
redacao@correio24horas.com.br

Zica Assis passou a vida recebendo “não”. Não pôde ter uma infância normal – começou a trabalhar aos 9 anos, cuidando de uma criança de 5. Mulher e negra, não podia sonhar com uma vida diferente da de uma empregada doméstica. Não podia sequer usar o próprio cabelo da forma que queria – deixando que enrolasse “meio metro para cima, meio metro para baixo”, como ela diz.

“Minha mãe trabalhava para umas mansões atrás da comunidade, no Rio. Ela buscou um emprego para mim e os donos de uma das casas me olharam e associaram meu cabelo black power a sujeira, desleixo. Disseram: ‘aqui você não entra”, conta a sócia-fundadora do Instituto Beleza Natural, uma referência em tratamento para cabelos crespos e ondulados, presente em cinco estados.

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Por um tempo, Zica aceitou alisar os cabelos. Era isso ou não poderia trabalhar para ajudar a cuidar dos 12 irmãos. Até que, quando completou 21 anos, tomou uma decisão que mudou sua vida. “Disse para mim: ‘Chega, não quero mais’. Era a hora de as pessoas me valorizarem”. Começou, então, um curso de cabeleireira para entender como são os fios crespos e por que as pessoas não respeitavam quem tinha esse cabelo.

Naquela época, mais de 20 anos atrás, era difícil encontrar produtos para cabelo crespo que o valorizassem de forma natural – ou que não fossem alisamentos. Salão especializado em crespos, então… Só escondidos em garagens, sujos, largados.

Zica decidiu mudar isso. Sempre que encontrava um representante de comésticos, pedia “os pozinhos” – na verdade, matéria-prima dos produtos que usava no cabelo das clientes. “Levei para casa superconfiante, sem saber que ia cometer tantos erros. Separei uma bacia com colher de pau e comecei a misturar e passar no meu cabelo, logo na raiz”.

O cabelo caiu, mas ela não desistiu. Continuou testando e até usando seu irmão – que ostentava seu black power – como cobaia. Passou 10 anos assim… Até que conseguiu chegar a uma fórmula base para os produtos que hoje fazem parte da linha do Beleza Natural.

Química
Decidiu, então, pedir ajuda a uma de suas patroas para encontrar uma química que ajudasse na fórmula. “A química disse que eu era louca, para eu continuar onde eu estava, porque ali era meu lugar. Podia até ser cabeleireira, mas nunca desenvolver um produto”.

Mas Zica estava acostumada com críticas. Recorreu à segunda patroa, que também encontrou uma química. “Ela achou um barato. Me deu o caminho para registrar a patente e consegui tudo”. Só que, aos 33 anos, a empresária ainda trabalhava como empregada doméstica, “não tinha um tostão”, morava numa casa alugada e tinha três filhos. A principal renda da família era um velho fusca que o marido fazia de táxi.

Já com a fórmula em mãos, convenceu o marido a vender o fusca. Chamou o irmão e uma amiga do irmão e, juntos, montaram um pequeno salão, na comunidade do Catrambi, no Rio. “Abrimos o Beleza Natural numa casinha de mais de 100 anos, mas ali havia inovação. Ali havia uma coisa que o mercado tinha esquecido”.

Hoje, são 38 institutos e 16 quiosques espalhados pelo país, além de uma fábrica e quatro mil funcionários. “Eu sempre confiei em mim. Minha mãe dizia: ‘Vocês querem ser o quê? Igual a seu pai, que a gente pega na rua, ou querem ser alguém na vida?’. Peguei isso como desafio, não para chorar”, lembra.

Combustível de sucesso
O sucesso da Avatim também tem por trás uma história inspiradora. Mônica Burgos tinha acabado de se separar quando decidiu se mudar para o Rio de Janeiro com os três filhos. Largou a profissão de quase 10 anos como advogada para estudar moda. “A Avatim foi uma virada que dei na minha vida. Um belo dia, depois dos 30 anos e com três filhos, eu, que sou movida por felicidade, não me via mais assim. Esse combustível da alegria me faltou e eu precisava procurar um posto para me abastecer”, conta.

 Mônica Burgos, da Avatim, diz que autoconfiança é a palavra mais importante do empreendedor. Sua empresa abriu mais franquias do que em outros períodos: ‘Interior é a salvação do país’ Nayana Pedreira, da Acqua Aroma, busca alternativas na crise e sonha alto: inaugura este mês centro de distribuição na Flórida, EUA

Mônica Burgos, da Avatim, diz que autoconfiança é a palavra mais importante do empreendedor. Sua empresa abriu mais franquias do que em outros períodos: ‘Interior é a salvação do país’

Com apenas R$ 4 mil que pegou emprestado com o pai e outros R$ 4 mil investidos pelo amigo e sócio, nasceu a empresa de perfume de interiores. “Eu vendia 10l de aromatizante por dia, que era a meta para conseguir pagar o aluguel no final do mês”, revela sobre as dificuldades do início do negócio.

Quatorze anos depois, a Avatim está com 82 lojas franqueadas em 17 estados brasileiros e a meta de crescimento para 2016 é de 40% em relação a 2015. “Hoje mesmo, eu olhei para me certificar e já crescemos 30% este ano”, disse.

O setor de beleza também foi a aposta de Nayana Pedreira, sócia-diretora da Aromarketing – Marketing Olfativo, para empreender. Vinda de uma família de empresários, ela escolheu estudar Administração e buscou o que ela chama de “pensar diferente”. “Não adianta reclamar da crise e não ousar. O empreendedor é um super-herói que tem que lidar com muitas variáveis. Mas se não gostasse de risco, não seria empreendedor”.

Até os casos de sucesso também cometem erros
Desde que fundou o primeiro Beleza Natural, ainda como salão, a empresária Zica Assis conta que cometeu erros durante o caminho. O primeiro foi logo no início, quando começaram a contratar funcionários, mas ainda não estavam acostumados à formalidade das coisas. “Salão de beleza, antigamente, acontecia de as pessoas não assinarem a carteira, de não pagarem comissão. E a gente não fazia isso no começo”.

Por conta disso, tiveram problemas com a Justiça. “Entendemos que a gente deveria fazer o certo porque seria uma empresa normal e ali haveria a valorização do funcionário. Agora, se abrisse uma coisa, já abriria certo”.

Outro erro, para ela, foi ter aberto institutos muito perto um do outro. “Foi uma coisa muito séria, porque a ideia era fazer um atendimento com horário marcado, mas acabou virando concorrente um do outro. A gente tem que pensar no nosso negócio e a gente errou nisso”. Mesmo com os percalços, o Beleza Natural segue em ritmo de expansão pelo Brasil e pretende “dar um pulinho” em Nova York em breve.

Mudança de ideia no meio do caminho
Mônica Burgos, sócia-fundadora da Avatim, é um exemplo de que não há nada mais certo na vida do que a mudança constante. Ao decidir mudar de rumo, ela deixou mais que uma carreira de advogada para trás. Terminou um casamento de 15 anos e mudou de cidade. No Rio, foi apresentada ao “mundo dos aromas”, no marketing olfativo, mas esta ainda não era mais que uma paixão para ela.
Voltou à Bahia para fazer consultoria de moda, mas trouxe na mala os aromatizantes. “As pessoas me diziam: ‘você é louca? Vai querer ser consultora de moda na Bahia? Depois de seis meses, eu não tinha feito nenhuma consultoria, mas vendi todos os frascos de perfumes de interiores”, conta. Foi aí que surgiu a ideia de fundar a Avatim.

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Nayana Pedreira, da Acqua Aroma, busca alternativas na crise e sonha alto: inaugura este mês centro de distribuição na Flórida, EUA

Ousadia e foco em voos mais altos
A sócia-diretora da Aromarketing, Nayana Pedreira, se define como uma empresária conservadora, mas revela que a ousadia foi fundamental para que a fábrica de “sensações” (ou marketing olfativo) voasse mais longe. A indústria baiana está montando sua primeira distribuição internacional, na Flórida, Estados Unidos. “É uma ousadia muito grande, afinal é o maior mercado consumidor do mundo”, afirma.

O processo de internacionalização da marca, claro, foi bastante planejado e só aconteceu após 14 anos de experiência. Depois de desenvolver linhas personalizadas para marcas como Tok Stok e Camicado, a empresa lançou sua linha própria – a Acqua Aroma, que já tem três lojas em Salvador e mais de mil pontos de venda pelo Brasil.

Infraestrutura para crescer mais
A Bahia é o quarto maior produtor do mercado de Beleza (cosmético, perfumaria e higiene pessoal) e concentra 30% desse consumidor no Brasil. Mas ainda há muito espaço para crescimento. Para isso, no entanto, é necessário superar alguns desafios. Um deles é a infraestrutura precária, segundo a sócia-diretora da Aromarketing, Nayana Pedreira. “É uma das grandes dificuldades no Nordeste. Por mais que a gente tenha um potencial de crescimento alto, precisamos chegar até o mercado consumidor fora daqui”, diz a empresária, dona também da marca Acqua Aroma.

Nayana cita ainda outras variáveis, como acesso ao capital, qualificação profissional e ambiente regulatório propício. “Os órgãos reguladores devem garantir a segurança para o consumidor, mas também trabalhar junto aos empresários em prol da sua regularização. Hoje, muitos agentes de fiscalização chegam na empresa querendo achar alguma coisa errada. Não acho que deve ser assim”, desabafa e fala também sobre o acesso ao mercado: “Precisamos ter desenvolvimento econômico para gerar mais riqueza, mais mercado e, obviamente, mais desenvolvimento, é cíclico”.

Já a sócia-fundadora da Avatim, Mônica Burgos, encontrou no interior da Bahia a solução e alguns desafios para o seu negócio. Em relação ao acesso a profissionais qualificados, Mônica diz que é mais difícil e que faltam oportunidades de capacitação nas pequenas cidades. Ela tem investido em um programa de incentivo a bolsas de estudo para funcionários.

Além da diversificação do portfólio e valores atrativos, a Avatim também reduziu o custo de investimento nas lojas pela metade. Isso trouxe diferencial e permitiu maior crescimento mesmo na crise. “O empreendedor do interior é ávido por novidades. O interior é a força deste país.”

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Infraestrutura e estímulos do Plano Salvador 500 vão favorecer o desenvolvimento aos bairros mais populosos de Salvador http://especiais.correio24horas.com.br/agendabahia/infraestrutura-e-estimulos-do-plano-salvador-500-vao-favorecer-o-desenvolvimento-da-regiao-que-concentra-alguns-dos-bairros-mais-populosos-de-salvador/ Thu, 08 Sep 2016 18:12:08 +0000 http://www.correio24horas.com.br/agendabahia/?p=26207

NOTÍCIAS

Donaldson Gomes
donaldson.gomes@redebahia.com.br

Valéria, Águas Claras, Pirajá e Cajazeiras, bairros do chamado “miolo de Salvador”, vão receber uma série de investimentos para se tornarem um polo de logística. É o que prevê o Plano Salvador 500, que deverá ser apresentado à população pela prefeitura antes do final deste ano.

“Hoje, discutimos como desenvolver o miolo da cidade, onde há bairros com grande densidade populacional, como Valéria, Águas Claras, Pirajá, Cajazeiras e toda aquela região em interface com o Subúrbio, fomentando um forte polo de logística nesse eixo”, afirmou ACM Neto, durante a cerimônia de abertura do Fórum Agenda Bahia. Segundo ele, o poder público vai atuar “intensificando a presença de serviços públicos” nas regiões.

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Para o prefeito, o Plano Salvador 500 e os novos Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento e Uso do Solo (Louos) são legados que deverão beneficiar a capital da Bahia por muitos anos. “Nós enxergamos também em nossa capital um futuro de oportunidades. Nós aproveitamos este ano e o ano passado para introduzir mudanças que não repercutiram ainda, mas terão impacto no futuro”, afirmou.

“Fizemos amplos debates e em outras edições do Agenda Bahia afirmei que assumia o compromisso com a cidade do Salvador de entregar novo PDDU, nova lei de uso do solo e que iria além, ao apresentar o Plano Salvador 500, que está praticamente pronto”, disse.

O Plano Salvador 500 projeta o futuro da cidade do ponto de vista social, econômico, urbanistico e cultural, explicou ACM Neto. “Nós enxergamos que o grande desafio para Salvador, de alguma forma, se reproduz na Bahia. É promover a desconcentração”.

A prioridade do poder público municipal nos últimos anos foi a promoção de medidas que promovessem a diversificação territorial do desenvolvimento no município, explicou. “O desafio para o futuro é aproximar o emprego da moradia, promover um processo de desconcentração econômica, gerando oportunidades em áreas mais periféricas e mais distantes, que ainda concentram uma grande quantidade de pessoas. Uma grande densidade populacional se concentra nessas áreas da cidade”, disse.

Ele lembrou ainda que o município implantou ações para fortalecer o turismo, como a requalificação de áreas da cidade, como a orla e praças, além da definição de um forte calendário de eventos culturais. “Estamos fazendo o dever de casa”, avaliou.

Um novo ambiente de negócios para a Bahia
O novo momento do Brasil é visto com otimismo pelo presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior. “Tudo leva a crer que, no novo governo, teremos melhorias nos índices econômicos, que os ajustes fiscais e as medidas vão gerar um ambiente de negócios muito mais claro e propícios a novos investimentos”, afirmou , durante a abertura do primeiro seminário da sétima edição do Fórum Agenda Bahia, que aconteceu na última quarta-feira, no auditório da Federação das Indústrias do Estado (Fieb).

Para ele, é o tempo de a Bahia despontar, atuando com competitividade para ganhar mercados. “É um momento importante onde a Bahia pode aproveitar da melhoria da economia brasileira para desenvolver a produção de bens e serviços e buscar solucionar gargalos que já discutimos e continuaremos discutindo, na área de estrutura, logística e no sentido de fazer com que a nossa indústria seja mais competitiva”, comentou o presidente da Rede Bahia.

Antonio Carlos Júnior completou falando sobre os próximos seminários do fórum, que acontecem até novembro. “Teremos palestras que vão fazer provocações importantes para enriquecer o debate por uma economia mais forte, tema do Fórum deste ano. Vamos realmente aproveitar bastante o que for discutido para trabalhar por uma Bahia cada vez melhor”.

Aposta no que há de melhor no estado
O setor produtivo da Bahia enfrenta alguns desafios para voltar a crescer, mas precisa também saber aproveitar o que tem de melhor. É o que destaca o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban. “Temos muitas carências, mas temos muitos pontos positivos que devemos aprender a usar melhor”, observa.

Um deles, segundo Alban, é a posição privilegiada do estado em relação ao restante do Nordeste e como ligação com o Centro-Oeste e Sudeste do país. Sobre os desafios, Ricardo Alban afirma que é necessária uma convergência de esforços públicos e privados para superá-los. “Levamos uma pauta de reivindicações para o agora presidente Michel Temer, há algumas semanas, e esperamos que os vários entraves, como os de infraestrutura, tenham solução”, anuncia o presidente da Fieb.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Alexi Portela, a crise econômica ainda é uma preocupação. “Na Bahia, o impacto da crise nacional é perceptível. Diariamente, empresas fecham as portas, desempregando em torno de 15,5% da população, enquanto a média do Brasil está em 10,9%”, disse.  Alexi Portela destacou também a importância do debate promovido pelo Fórum Agenda Bahia, ainda mais neste momento de crise.


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