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OTAs, hotéis e agências discutem a relação

set 21, 2016

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

Entre o turista e o destino há novas relações criadas a partir da introdução da tecnologia na venda de serviços turísticos. O problema é que nem todo mundo está satisfeito e chegou a hora de discutir a relação. O primeiro momento, que era de deslumbramento, passou. Agora os hotéis querem um tempo para recomeçar a relação de uma forma mais saudável.

Renata Prosérpio, José Alves, Érico Mendonça e Robert Phillips participaram de painel Foto: Arisson Marinho

Renata Prosérpio, José Alves, Érico Mendonça e Robert Phillips participaram de painel Foto: Arisson Marinho

É nisso que acredita a proprietária do Mar Brasil Hotel – Casa de Vinícius de Moraes, Renata Prosérpio, que também é diretora da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia – Abih-BA, sobre o futuro das relações entre agências de viagem online, também conhecidas em inglês como OTAs (Online Travel Agencies), e as agências tradicionais e hotéis.

“Em Salvador, mais de 80% dos meios de hospedagem são de pequenos e médios hotéis e os benefícios das OTAs foram inquestionáveis. Elas nos abriram um mundo que antes não éramos capazes de alcançar. Mas só depois, começamos a enxergar o outro lado da moeda”, explica Renata. De acordo com a hoteleira, o segundo momento foi de percepção a respeito do lado ruim das agências online, que comprimem a margem de lucro dos hotéis, reduzem a fidelidade dos clientes, impõem regras rígidas e criam promoções para as quais só os meios de hospedagem arcam com os custos. “Então, chegamos, entre 2015 e 2016, a um momento de crise, reflexão e definição de novas estratégias”, ressalta.

Para ela, não dá para ir contra as OTAs, mas cabe aos hotéis se reposicionar, adotando um posicionamento mais vantajoso nessa relação. O sócio-diretor da Intelligent Leisure Solutions Group, Robert Phillips, também acredita que esta pode ser a solução para os hotéis, já que pagam entre 18% e 25% de comissionamento para as OTAs, enquanto que se tivessem uma plataforma eficiente para comercializar reservas diretamente ao cliente, o custo cairia para 4,5%.

“A exemplo do que fizeram as empresas aéreas, que deixaram de pagar comissionamento para as agências de viagem e passaram a fazer a venda direta, será que este não é o futuro para os hotéis?”, questiona ele. Sobre as agências tradicionais, Phillips aconselha a personalização do atendimento e customização dos serviços como caminho. “As agências têm que se tornar mais jovens e mais criativas”.

Já o gerente de marketing de uma das maiores OTAs mundiais, a Expedia, Fernando Botelho, acha que a relação não é parasita. “É uma competição saudável, própria do mercado. E o poder de escolha é do cliente”, afirma. “Tem espaço para todo mundo”, completa.

O Fórum Agenda Bahia é uma realização do CORREIO e rádio CBN, em parceria com a Fieb, Braskem, Coelba e Governo do Estado.


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