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Sem gargalos, Bahia pode dobrar geração de energia eólica

out 14, 2016

A produção de energia eólica já é uma realidade na Bahia, com significativos impactos para a economia local, mas a quantidade de projetos poderia ser de mais do que o dobro, caso investimentos públicos previstos em infraestrutura de transmissão tivessem sido realizados no prazo previsto. Se hoje o estado tem projetos em operação e em implantação que ultrapassam os 5,5 mil megawatts, no planejamento energético do Brasil projetam-se mais 6 mil megawatts, na dependência apenas de linhas de transmissão para ser licitados.

Após dificuldades com a falta de sincronia entre a construção de parques eólicos e a implantação de linhas de transmissão há alguns anos, o governo federal passou a exigir que os novos projetos eólicos fossem licitados próximos a estruturas para a transmissão da energia e a conexão com o sistema integrado, explica o diretor do Grupo CER, Rafael Valverde, que é especialista em energias renováveis.

“No planejamento energético do Brasil existe a previsão de construção de duas grandes linhas de transmissão, que vão cortar a Bahia paralelamente e permitir a expansão das áreas disponíveis para implantação de parques”, explica Valverde.

Segundo ele, a infraestrutura para a transmissão e dificuldades para o financiamento dos projetos são hoje os principais gargalos para o desenvolvimento do setor. “Esses problemas não são baianos. Se o Brasil, que tem um potencial eólico e solar maravilhoso, quiser continuar se destacando nessas áreas, é fundamental solucionar esses gargalos”, diz.

O consultor no setor energético Filadelfo Souza Filho, da FAS Energias Renováveis, afirma que o potencial total da Bahia é de 20 vezes o que se produz atualmente no estado. Ele explica que este potencial é limitado por “faixas de viabilididade”. “O que se precisa fazer é investir para ampliar essas faixas de viabilidade cada vez mais”, diz.

Estado vai insistir para ter parques baianos em leilão
O secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcos Cavalcanti, avisou ontem que o estado vai fazer tudo o que for possível para recolocar a Bahia no Leilão de Energia Renovável 2016 (LER 2016). Aproximadamente 600 projetos eólicos baianos foram retirados da disputa por falta de infraestrutura de transmissão. Segundo cálculos do setor, o prejuízo pode chegar aos R$ 3 bilhões, caso o cenário se confirme. “Estamos conversando, o governador Rui Costa já solicitou audiência em Brasília”, afirma o secretário.

Cavalcanti e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, enviaram uma carta aberta ao Ministério de Minas e Energia (MME) sugerindo alternativas para que a Bahia permaneça na disputa. A principal delas seria “esticar” em oito meses o prazo para que alguns projetos de linhas de transmissão sejam finalizados, que daria ao estado condições de participar do LER 2016, em dezembro.

“Quando os parques estiverem prontos, a estrutura de transmissão, que pedimos ao governo federal para considerar, já estará implantada. Acredito que a solução para esta situação passa por uma análise técnica, mas ela será política”, diz Jorge Hereda.


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