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AFD 2016
Se uma palavra pudesse definir a noite do Afro Fashion Day em 2016, com toda certeza seria: beleza! Tanto dos profissionais envolvidos quanto da plateia. Foi muito empoderamento, atitude e representatividade pulsando no evento fashionista. Uma passarela montada na Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico de Salvador, foi o local onde se ouviu O Grito das Ruas, tema da segunda edição do evento realizado pelo jornal CORREIO, em celebração ao Dia da Consciência Negra.
O AFD reuniu 46 marcas baianas, sendo 22 estreantes no evento, desfiladas por 74 modelos e convidados diante de cerca de 3 mil pessoas. Foram mais de 300 peças, entre roupas e acessórios. Fagner Bispo foi mais uma vez o produtor de moda do desfile e o dream team responsável por potencializar a beleza do AFD foi composto pelo maquiador Dino Neto e sua equipe (Mário Moraes, Rose de Brito, Romário Aragão, Joabe Rocha, Vinícius Teles, Devisson Esquivel, Marcos Junquilho, Eliana Pimentel, Valério Santos e Luiz Santana).
Em 2016 o evento ganhou força com a transmissão nas mídias sociais, mostrando a aproximação do CORREIO com o público. Neste ano, o evento teve patrocínio do Shopping da Bahia, HapVida e Faculdade da Cidade, apoio do Senac e Eudora e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.
CONCEITO – A segunda edição do AFD levou a força das ruas para o desfile. A Cruz Caída ganhou uma passarela que fazia essa referência. Foram usadas faixas amarelas, andaimes e pista de skate, para dar esse sentido mais urbano. Não foi só no desfile que a inspiração street deu as caras. Antes mesmo dele começar, a animação tomava conta do público com a discotecagem do DJ Telefunksoul, que transformou a praça em uma pista e abriu brecha para a apresentação de grupos de dança.
Na expectativa para os primeiros looks desfilarem, quem estava no local dançou junto com o grupo InRitmo, que movimentou o público criando passos livres ao som da trilha do DJ. Logo em seguida, abrindo o desfile, os grupos FitDance, Lekan Dance e um trio de dançarinos de stilleto fizeram uma verdadeira batalha de dança em cima da passarela.
TERRITÓRIO CONQUISTADO – A passarela do Afro foi ocupada apenas por modelos e convidados negros usando peças de criativos e estilistas baianos. A atriz e cantora Larissa Luz foi a mestre de cerimônias e desfilaram os cantores Margareth Menezes, Vítor Preto, Ana Mametto, Lincoln Sena, da Duas Medidas, Marcio Victor, do Psirico, e os convidados Tamires Nogueira, dançarina e princesa do Carnaval 2014, Uran Rodrigues, produtor e fotógrafo, Renata Trindade, modelo plus size, Rita Braz, cantora lírica, Najara Black, estilista e completando o time, as blogueiras Bianca Lordelo, Vanessa Ventura, Lourani Maria, Joana Guerra e Cris Black Holm.
EXPOSIÇÃO – A exposição Visu no Pelô teve a curadoria de Paula Magalhães, editora do BAZAR, e Leo Amaral, produtor do caderno. A inspiração foi a coluna do dominical, as imagens foram feitas pela fotógrafa Angeluci Figueiredo. Foram fotografadas oito pessoas com looks urbanos nas ladeiras do Centro Histórico.
DIVERSIDADE – Além de celebrar a beleza negra e valorizar a africanidade dos soteropolitanos, o Afro abriu espaço para a diversidade. A passarela serviu para dar visibilidade aos corpos de vários tamanhos. Prova disso foi a presença da modelo plus size Renata Trindade, que desfilou com um maiô da Cynd Biquínis, feito sob medida. Além dela, a designer Najara Black foi modelo de sua própria marca, a NBlack, que veste corpos de homens e mulheres de todos os tamanhos.
Em 2016, desfilaram no AFD as marcas Tá Bom Pra Você, Vivire, Turbanques, Tempt, T Camisetaria, Sonbrille, Porto de Biquíni, Outerelas, Preta Brasil, Ope Tropical, NBlack, Moringa Label, Negrif, Mônica Anjos, Criola, La Abuela, Meninos Rei, Kelba Deluxe, Ju Fonseca, Jeferson Ribeiro, Katuka Africanidades, Ismael Soudam, Adriana Meira Atelier, Euzaria, inCID, Closet Clothing, Com Amor Dora, Carol Barreto, Collab Miranda + The Finds + Soul Dila, Candida Specht, By Aninha, Boutique Negralá, Erika Rigaud Turbantes, Cabelo em Pé, Ateliê CasaLinda, Aládio Marques, Crioula, Goya Lopes, Dresscoração, Luciana Galeão, Atelier Cllaudia Soares, Black Atitude e Afreeka. Os sapatos foram da Mersan Calçados e da Melissa.
AFD 2015
Evento de moda criado pelo jornal Correio, o Afro Fashion Day (AFD) colocou na passarela montada na praça da Cruz Caída, no dia 20 de novembro de 2015, 36 modelos negros e seis convidados: os cantores Denny, Magary Lord, Ninha, Tony Salles e Lincoln Sena e o agitador cultural Uran Rodrigues. Os looks criados pelo produtor de moda Fagner Bispo, com beleza de Dino Neto e equipe, foram traziam roupas e acessórios assinados por 26 marcas de Salvador.
Peças feitas à mão, acabamento cuidadoso e critérios aprofundados de pesquisa para desenvolver objetos criativos e relacionados à cultura afro. Esses foram os conceitos que permearam as criações de Candida Specht, Aládio Marques, Carol Barreto, Gefferson Vila Nova, Katuka Africanidades, La Abuela, NBlack, Ismael Soudam, Dresscoração, Com Amor Dora, Crioula, By Aninha, Jeferson Ribeiro,
Ju Fonseca, Luciana Galeão, Mônica Anjos, Afreeka, Goya Lopes, Vinicius Cerqueira, Meninos Rei, Porto de Biquíni, Negrif, Ori Turbantes e Kelba Deluxe. Parte dos sapatos foi cedida pela Mersan Calçados. Uma feira com 18 das 26 marcas ocupou o espaço da Praça da Cruz Caída antes do desfile. Estandes expuseram e venderam peças de roupas, calçados e acessórios, como bijuterias e turbantes.
ARTE – O AFD deu lugar também à produção artística local, a começar pela discotecagem do DJ Telefunksoul, que apresentou mixagens do seu trabalho, o movimento musical intitulado Bahia Bass Music, que mistura batidas eletrônicas com ritmos baianos como pagode, axé, ijexá e arrocha. Na abertura e nos intervalos entre os blocos do desfile, ocorreu a apresentação de três integrantes do Balé Folclórico da Bahia.
A arte não ficou restrita à passarela. Logo na chegada, o público foi recepcionado com uma obra da artista plástica Adenilse Romana, que construiu um painel com inspiração em pop art, usando fotografias de Alex Dantas, da Diferente Agência de Imagens. Os registros foram feitos pelo fotógrafo em um editorial de preparação para o evento.
A artista visual Helemozão também levou tintas para o desfile, mas não para criar telas. A criativa pintou o rosto de participantes do AFDS com desenhos inspirados em tribos africanas.
GASTRONOMIA – Roupas e acessórios não foram os únicos itens à venda no AFD. Quem passou pela Cruz Caída também experimentou a riqueza da culinária baiana. O restaurante Dona Mariquita levou o projeto Merenda de Tabuleiro e vendeu lelê de milho, bolinho de estudante, acaçá de leite e bolos. Quem também participou da feira gastronômica foi o Abará do Original, que levou quitutes temperados com sabores diversos.
OFICINAS – Durante a tarde, as mulheres receberam dicas de beleza em três oficinas. Duas delas mostraram truques de maquiagem para pele negra e foi ministrada pela esteticista Regiane Ferreira, professora do Senac, que também ensinou a fazer maquiagem para o dia a dia e para a noite. Em outro momento, a designer de moda Cecilia Cadille mostrou como amarrar turbantes e contou um pouco da história do acessório, usado como peça de afirmação pela população negra.