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Empresas baianas de tecnologia incubadas no Parque Tecnológico, em Salvador, conquistam clientes de todo o Brasil

nov 14, 2016

Uma delas foi sucesso nas arenas da Olimpíada Rio 2016

Lucy Brandão Barreto
lucy.barreto@redebahia.com.br

Fundado há quatro anos, o Parque Tecnológico da Bahia começa a mostrar para o Brasil e para o mundo que aqui são geradas boas ideias e que, passado o período de incubação, elas podem conquistar seu espaço em um cenário onde a inovação é o principal ingrediente propulsor. O desafio é crescer em um ambiente pouco favorável. Isso porque, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras do Instituto Endeavor, em 2015, Salvador aparecia na 24ª posição entre as 32 analisadas.

Para Juliano Seabra, presidente do Endeavor, é perceptível entre as cidades mais bem colocadas no ranking uma maior maturidade quanto ao ambiente ideal para ter negócios e fazer as empresas crescerem. Ele destaca alguns pontos sobre os quais é preciso avançar, entre eles ambiente regulatório e capital humano. “É preciso fazer mais sobre o ambiente regulatório e simplificar os processos para quem quer empreender”, afirma.

O especialista ressalta que este é um problema de todo o Brasil, mas algumas cidades já conseguiram avançar bastante. “Recife, por exemplo, é a primeira do Nordeste nesse ponto e a prefeitura tem usado, desde 2014, esse estudo [do Endeavor] para se guiar quanto ao empreendedorismo”, completa. Outros dois quesitos sobre os quais Salvador aparece bem atrás na pesquisa são capital humano (28ª posição entre as 32 cidades) e inovação (24ª).

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CASOS DE SUCESSO
Ainda assim, o Parque Tecnológico da Bahia coleciona vários casos de sucesso, entre eles o da Tw2 Sistemas. A empresa entrou na Áity – incubadora do parque – com a ideia de revolucionar o mercado de maquininhas de cartão de crédito e vendas. Em 2 anos, ganhou o Brasil e foi destaque na Olimpíada Rio 2016.

“Apresentamos o sistema ao Comitê Olímpico Internacional e colocamos mil máquinas de cartão nas 17 arenas olímpicas. Fizemos o gerenciamento de 80% de tudo o que foi vendido de alimentos e bebidas”, revela o diretor da Tw2, Emerson Barretto.

O diferencial da maquininha POS Controle em relação à tradicional é administrar tanto a parte financeira quanto o controle de estoque e lançar os dados em nuvem, assim o administrador do negócio pode ter acesso a gráficos e tabelas online. Entre os clientes atuais estão estádios como Maracanã, Arena das Dunas (em Natal) e, em breve, o sistema será implantado na Fonte Nova.

O coordenador do Parque Tecnológico, Péricles Magalhães, cita outras startups bem sucedidas que passaram pela incubadora, como o skate elétrico Movpac que atualmente está em fase de produção para o mercado por uma empresa chinesa; e o site JusBrasil, que emprega tecnologia de ponta para monitorar informações jurídicas. “A cidade de Salvador e a Bahia estão investindo no futuro, em novos produtos e novas tecnologias para o futuro”.

Para Péricles, este ainda é o início da história que o parque está construindo. “Estamos engatinhando. A maioria dos parques no Brasil consegue amadurecer com cerca de 10 anos, então ainda estamos no início”, revela o coordenador, citando o caso do Porto Digital de Recife que completou 15 anos e só há 3 se tornou sustentável sem repasses do governo.

Para o pró-reitor de pesquisa e inovação da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Olival Freire Junior, o Parque Tecnológico é uma iniciativa importante por aproximar o mundo acadêmico das empresas. “O princípio básico é botar todo mundo em uma mesma área para criar um ambiente de integração”.

DO PARQUE PARA O BRASIL
A Tw2 é o braço inovador de uma empresa que já tinha expertise na área de alimentação na Bahia. Antes de lançar o POS Controle – como é chamada a maquininha de cartão diferenciada – a organização já oferecia sistemas de automação para padarias e restaurantes. “A gente queria fazer um sistema de vendas dentro de uma máquina de cartão de crédito que seria a solução para quem não tem espaço para ter um computador, teclado e impressora. Então, dentro dessa maquininha já tem tudo”. Foi esta ideia que motivou a entrada da Tw2 no Parque Tecnológico.

Atualmente, a empresa é líder no mercado de automação comercial do setor de alimentação e possui mais de 600 clientes na Bahia, Sergipe, Pernambuco e Ceará. O investimento para criar o POS Controle foi de R$ 1,7 milhão. “Tudo foi feito com recursos próprios”, conta Emerson e ressalta que ainda não deu para tirar o valor investido. “O momento é de nos mostrarmos para o mercado. Estamos aumentando nossa carta de clientes e esperamos começar a lucrar de verdade em 2017”.

IDEIAS BEM SUCEDIDAS
Outra startup instalada no Parque Tecnológico é a Potelo, responsável pelo site de mineração de dados Escavador.com – uma plataforma que localiza informações publicadas nos Diários Oficiais, processos judiciais, perfis acadêmicos e patentes brasileiras. Há mais de um ano na Áity, um dos idealizadores do projeto, Bruno Cabral, destaca que a maior vantagem de estar no parque é o apoio que recebem. “Além disso, é uma referência quando a gente diz que está instalado aqui. As pessoas veem com maior credibilidade”, diz Bruno que está fechando um contrato com a OAB.

Quem acabou de chegar na incubadora foi a Preamar Gestão Costeira. O diretor administrativo Bruno Balbi explica que o projeto em construção é um Sistema de Gestão de Risco de Operações Portuárias. “Hoje os portos operam sem saber as condições do mar, ventos, correntes e outros parâmetros”. Segundo Balbi, as seguradoras tiveram prejuízo de R$ 280 milhões em 2015 com acidentes de navios. “Nosso sistema mostra todas as condições ambientais em tempo real para os navios planejarem suas ações”.


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