Paciente com câncer produz óleo de cannabis em Salvador

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Do sul do país, Rodrigo era dono de uma pousada no litoral norte e tem filhos baianos. Quatro anos atrás, foi diagnosticado com timoma, um câncer raro e agressivo que acomete o espaço existente entre os dois pulmões, no centro do tórax, composto por estruturas anatômicas como a traquéia, coração, esôfago, o timo e parte dos sistemas nervoso e linfático. Rodrigo então foi para São Paulo, onde iniciou o tratamento. Com metástase, passou a enfrentar uma quimioterapia pesada.
Ao pesquisar sobre óleo canabinoide, importou pela primeira vez o produto com autorização da Anvisa. Mas, além de a importação ser cara e burocrática, ele não tinha certeza da qualidade do que estava consumindo. Os óleos importados costumam ser mais ricos em CBD que em THC. Nos casos de câncer, é importante que a planta tenha uma porcentagem alta de THC. Rodrigo então importou também a semente. Trouxe da Espanha cepas específicas para o seu caso. E, mesmo ilegalmente, resolveu plantar.
Entre quimioterapias, radioterapias, cirurgias e internações, Rodrigo tem encontrado disposição e apetite para viver. “Produzo meu próprio óleo. Fazer o óleo é fácil. A questão é a semente vingar. Se fosse produzida indoor, em um ambiente controlado, seria melhor. Minha oncologista já quer passar meu telefone para os pacientes dela. Eu disse: ‘Calma, eu não consigo direito nem para mim’. É o maior sufoco”, revela.

Como o óleo é produzido indoor

Se for em uma ambiente normal (outdoor), a produção da maconha pode levar entre seis e oito meses. Mas, seguindo padrões específicos, a produção do óleo pode ocorrer muito mais rápido, em 90 dias. Conheça o passo a passo simples para a produção do CBD em ambiente controlado, no mesmo modelo que a Associação Cannab quer implantar em Salvador.