Mago da maconha: “Esse tipo de remédio (Rivotril) vai perder um enorme mercado para a cannabis”, diz pesquisador uruguaio Marco Algorta, um dos maiores especialistas em genética canabinoide
Um dos mais conceituados pesquisadores da cannabis medicinal, espécie de botânico autodidata, o uruguaio Marco Algorta é o principal consultor da associação Cannab, criada em outubro em Salvador. Administrador de um clube de cannabis no Uruguai, Algorta dá consultoria no Canadá e EUA e tem uma empresa com um banco de sementes de maconha registrada no Instituto Pasteur.
Na entrevista que concedeu ao CORREIO via Skype, ele fala das especificações necessárias para cada tipo de tratamento. “O que a gente procura são genéticas específicas da planta para certos tipos de doenças”. Com formação em letras, ele explica como entrou em contato com o tema."O contato com o Cannabis foi através do meu amor pela liberdade", resume.
Planto há muitos anos e passei rapidamente de um uso chamado recreativo a entender os benefícios terapêuticos que a planta tem. Marco Algorta também estudou a história do proibicionismo e da demonização da maconha ao longo dos tempos e revela como se dá atualmente a aproximação da indústria farmacêutica. “A indústria farmacêutica, que antes financiava o proibicionismo, agora tá querendo entrar, mas ainda é controlada por cabeças tradicionalistas”.
Mas, o especialista afirma que usar o CBD não significa a cura de ninguém. Assim como acontece com qualquer medicamento. “Remédio nenhum cura. O que cura é o corpo. Qualquer medicamento ajuda na cura”. Assista ao vídeo com a entrevista completa.