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Por Jorge Gauthier (jorge.souza@redebahia.com.br)
O café da manhã dos médicos era uma das suas primeiras missões do dia. Os olhos verdes de Iracy Vaz Lordello eram os primeiros vistos pelos ‘doutores’.
“Irmã Dulce sempre me pedia para cuidar dos médicos. Eu fazia isso com muito gosto”, dizia Iracy, que foi a voluntária mais antiga das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e faleceu em dezembro de 2017 aos 85 anos, vítima de câncer.
(Foto: Andreia Farias/Arquivo CORREIO)
Dona de uma voz mansa e firme, ela foi a fiel escudeira da freira baiana que ergueu a maior rede de atendimento totalmente pública do Brasil em atividade. “Era uma santa”, costumava dizer dona Iracy sobre Irmã Dulce
Iracy trabalhou como voluntária nas Osid por mais de cinco décadas, diariamente, sem ganhar nenhum centavo. Seu apoio e acolhimento eram marcas registradas. Após a morte de Irmã Dulce, com quem ela conviveu nos primeiros momentos de construção das Osid, Iracy continuou seu voluntariado.
Nascida no município de São Félix, Iracy deixou o Recôncavo baiano para estudar em Salvador, construindo, ao longo dos anos, uma incansável rotina em favor dos pobres e doentes. Para Irá, como era carinhosamente chamada, não existia fim de semana ou feriado. Todos os dias, ela percorria as enfermarias do Hospital Santo Antônio visitando os pacientes, levando conforto e esperança aos acolhidos de Dulce.
“A Osid é um pedaço da minha vida e por isso não posso deixar isso aqui. A gente está nesse mundo para servir e a melhor coisa que a gente pode dar às pessoas é o amor”, declarava Irá que, após sua morte, ganhou um memorial dentro das Osid em homenagem à sua dedicação.
Caixa Econômica:
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Telefone: (71) 3316-8899
E-mail: socioprotetor@irmadulce.org.br
Horário de Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30
O projeto Pelos Olhos de Dulce tem o oferecimento do jornal CORREIO e patrocínio do Hapvida