“Se não fosse essa pandemia, eu estaria aqui agora brincando com meus primos na rua. Estaria de bicicleta, essas coisas. Minha vida antes era muito boa, eu também ia para a praia passear”. Quem conta tudo isso é Luciano Almeida, que tem 8 anos e sente muita falta de fazer todas essas coisas.
Ele mora com os pais e quatro irmãos em São Tomé de Paripe, em Salvador, e a praia sempre fez parte de sua vida. Além do mar perto de casa, muitas vezes Luciano acompanhava o pai na praia da Barra. O pai dele trabalha como ambulante e, enquanto isso, Luciano conseguia dar um mergulho.
Mas há pouco mais de um mês ele foi para Santo Antônio de Jesus passar um tempo com o resto da família. Luciano está no 1º ano na Escola Isabele Araújo, mas também não está tendo aulas presenciais.
Mesmo assim, a professora mandava o dever de casa para ele fazer sempre.
“Mas comecei a fazer banca agora para não ficar parado. A banca é muito boa, eu ia sempre de máscara. Eram só umas seis pessoas, mas sem aglomeração. Cada um ficava lá fazendo o seu”, explica.
Luciano diz que não sabe muito sobre a covid-19. Só que ele conhece todos os jeitos de se proteger, como usar máscara e lavar sempre as mãos.
“Tem uma tia minha que pegou coronavírus e está em casa sem sair. Acho que ela ficou querendo vomitar, sentindo dor de barriga. Estava em casa isolada, mas não precisou ficar internada”, conta ele.
Ele sente falta de andar por aí sem máscara, mas tem mais medo mesmo de pegar coronavírus ou mais alguém de sua família também ter a doença.
Desenho
O CORREIO pediu que Luciano fizesse um desenho mostrando o que ele pensa e sabe sobre a pandemia. Ele desenhou um coronavírus em um campo aberto para mostrar que o vírus ganhou espaço no mundo.
O futuro
Luciano acha que logo tudo vai voltar ao jeito que era antes da covid-19.
“A gente vai voltar com a mesma rotina de antes, brincando de bicicleta aqui na rua, brincando com os nossos amigos”, diz.
Ele também gravou um vídeo contando como acha que vai ser o futuro quando a pandemia acabar.
Assista: