Giovanna Trindade tem 5 anos e ficou com medo quando o coronavírus chegou em Portugal. Ela é baiana, mas mora na cidade de Viseu com os pais há um ano, quando se mudou de Lauro de Freitas. Enquanto isso, o resto da família continua morando na Bahia.
“Eu tive medo de perder minhas amigas da escola e de não ver mais meus avós”, conta Giovanna, que estuda no jardim de infância de uma escola pública. Ela viu muitos idosos ficarem doentes com a covid-19 em Portugal.
Lá, o número de pessoas mais velhas é grande.
“Eu sei que às vezes os velhinhos morrem. Antes tinham muitos velhinhos aqui, agora não vejo muito. Tem que se proteger também. Quando chegar o Halloween, a gente não vai poder pegar doces. Quem mais dá doce são os velhinhos”, explica.
O Halloween, ou Dia das Bruxas, pode até não ser uma festa típica de países como o Brasil e Portugal. Mesmo assim, é cada vez mais comum encontrar crianças que saem fantasiadas para pedir doces no dia 31 de outubro.
A pandemia em Portugal tem sido um pouco diferente do Brasil. Lá teve menos casos e, por isso, Giovanna voltou a ir à escola em setembro. Antes, ela também estava tendo atividades pelo computador.
“Antes da pandemia, eu brincava no parque, desenhava na escola. Mas fiquei em casa muito tempo”, lembra Giovanna.
O caso de Portugal é diferente porque desde maio, algumas coisas começaram a reabrir. Só que, agora, mais pessoas começaram a ter covid-19 e pode ser que tudo feche de novo.
Mas desde que as aulas voltaram, Giovanna teve que mudar algumas atitudes. Agora, além de lavar as mãos sempre, ela não pode compartilhar os brinquedos ou dividir o lanche. Na verdade, os professores até pedem que as crianças nem levem brinquedos para a escola.
“Na sala, a gente fica sem máscara, mas nos outros lugares precisa usar. Eu sei que esse coronavírus está deixando muita gente com febre, doente. Por isso tem que ficar em casa. Não pode ir pro shopping passear”, diz.
Desenho
O CORREIO pediu que Giovanna fizesse um desenho mostrando o que ela pensa e sabe sobre a pandemia. Ela desenhou um vírus que é muito mau e chateia todo mundo, mas também fez uma garotinha de máscara.
Essa menina do desenho está muito assustada por não poder abraçar e brincar com os amigos.
O futuro
Por isso, Giovanna mal pode esperar pelo fim da pandemia.
“Eu acho que quando o coronavírus acabar, todo mundo vai estar vacinado, vai poder visitar os outros e dar abracinhos e beijos”, diz.
Ela gravou um vídeo contando como acha que vai ser o futuro quando a covid-19 passar.
Assista: