Larissa dos Santos Sousa já pode dizer por aí que venceu o coronavírus. Ela tem 8 anos e foi uma das pessoas que teve covid-19 na cidade de Ribeira do Pombal, onde mora. Na casa dela, a mãe e a irmã de 4 anos também tiveram a doença.
“Quando minha mãe foi fazer o exame, todo mundo estava torcendo para dar negativo. Quando deu positivo, eu fiquei com muito medo de pegar”, lembra Larissa.
A mãe de Larissa trabalha em um banco chamado Caixa Econômica Federal e precisou continuar indo lá, porque ele continuava funcionando. No banco, a mãe dela tem contato com muitas pessoas.
Nos últimos meses, muita gente recebeu um dinheiro chamado auxílio emergencial. Esse dinheiro foi dado pelo governo para ajudar famílias que perderam empregos na pandemia. Na maioria das vezes, o dinheiro era depositado em agências como a desse banco que a mãe de Larissa trabalha.
“Ela pegou e não sabia que estava com coronavírus no início, aí transmitiu para mim e minha irmã. Eu senti febre, mas tomei remédio e durou só algumas horas”, diz.
A irmã de Larissa só teve dor de cabeça, mas a mãe dela sentiu falta de ar, dor de cabeça, dor nos ossos e febre.
Mas o que passava na mente dela enquanto estava doente? “Ah, eu pensei logo que eu tinha que ficar em casa para não transmitir para nenhuma pessoa. Depois que passou, eu fiquei muito mais tranquila e muito feliz”.
Larissa teve coronavírus em maio, mas a vida dela já estava diferente bem antes. Desde o começo dos casos na Bahia, ela já tinha parado de brincar com os amigos e ir à Escola Drummond, onde está no 3º ano. Nos fins de semana antes da quarentena, ela aproveitava para tomar sorvete, passear na Praça da Juventude ou visitar a família.
Tudo isso já tinha parado também.
“Comecei a estudar em casa, pelo computador. Primeiro, a gente baixa um aplicativo, entra no link para a professora liberar e a gente conseguir ver ela. As aulas são divertidas, mas eu preferia antes, porque podia encontrar todo mundo”.
Mesmo já tendo tido a doença, ela não mudou os cuidados que passou a ter na pandemia. Larissa sempre sai de máscara e carrega um potinho de álcool em gel na bolsa.
“Para os adultos, eu diria que é bom eles se cuidarem. Se precisarem tocar no dinheiro ou apertar a mão de alguém, é para usar máscara e sempre andar com álcool em gel na mochila ou no bolso. Também não deviam ir para restaurante e só pedir comida delivery”, ensina.
Desenho
O CORREIO pediu que Larissa fizesse um desenho mostrando o que ela pensa e sabe sobre a pandemia. Ela desenhou o vírus e pessoas para mostrar que o coronavírus é mau e deixa as pessoas isoladas.
O futuro
Larissa imagina que vai voltar a brincar na escola quando tudo passar e que sua mãe vai voltar a trabalhar sem máscara. Mesmo assim, ela acha que ainda vamos ter que andar com álcool em gel por aí porque alguém pode ter a doença ainda.
“Imagino que vai ser muito feliz porque as coisas vão abrir de novo. Acho que o mundo vai ter muita movimentação, com as pessoas comprando coisas mas tendo um cuidado ainda”, diz.
Ela gravou um vídeo contando mais sobre como acha que o futuro vai ser após a pandemia.
Assista: